Salvador

Ireuda Silva conduz aplaudido debate no Dia da Consciência Negra

A vice-presidente da Comissão de Reparação, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), conduziu um aplaudido debate neste sábado, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. A republicana e os demais convidados discutiram o retrocesso que o racismo causa na sociedade, envolvendo o público em reflexões pertinentes sobre questões atuais e, ao mesmo tempo, históricas sobre preconceito, reparação e promoção da igualdade. Participaram do evento, ocorrido no Teatro Gregório de Matos, no centro de Salvador, o presidente do Republicanos na Bahia, deputado federal Márcio Marinho; o presidente da Comissão de Reparação, vereador Suíca; e a empresária e ativista Flávia Santana.

Ireuda aponta que o racismo é um problema de toda a sociedade, uma vez que todos os brasileiros comungam de um passado marcado pela escravidão de negros e negras, cujos resquícios se perpetuam até hoje. “A desigualdade no Brasil, sobretudo em Salvador, está atrelada à cor da pele. Isso não é um fenômeno novo, pois é uma herança da nossa formação escravocrata, que vem marginalizando os negros ao longo da história. Essa marginalização é responsável por exclusão no mercado de trabalho, pela vulnerabilidade social e pela violência que vitima muito mais as pessoas negras e pobres”, diz.

Por sua vez, o deputado Márcio Marinho defendeu a importância de sempre questionar ideias e atitudes preconceituosas como estratégia para conter o recrudescimento do racismo. “O problema é que hoje muitas pessoas acabam não questionando. Se não questionarmos, o retrocesso vai voltar”, disse. “O caminho é longo, mas jamais iremos desanimar e nem nos abater. Todo e qualquer ato discriminatório nunca irá nos calar, pois somos resistência”, pontua o republicano, que registrou sua participação no evento nas redes sociais.

Já o vereador Suíca ponderou sobre a necessidade de um trabalho conjunto, principalmente entre a parcela negra da sociedade: “Nesses momentos onde temos a oportunidade de troca, temos também a possibilidade de reverberar a importância da aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e Intolerância Religiosa, da necessidade de mantermos o respeito mútuo entre as pessoas, independente de religião ou opção político partidária, é fundamental entender que homens e mulheres negros precisam se ajudar para se fortalecer”.

Empresária do Instituto Essência dos Cachos, Flávia Santana falou sobre a estética e os padrões de beleza, geralmente discriminatórios. “O padrão de beleza é o padrão das pessoas que você homenageia. E hoje estou aqui homenageando meu pai, minha mãe…”, pontuou.

O evento contou com todas as medidas sanitárias estabelecidas na pandemia, como distanciamento entre os assento, uso de máscaras e necessidade de vacinação.

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