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Adolfo Menezes festeja aniversário de Salvador

Ao parabenizar a capital baiana pelo transcurso dos seus 473 anos, festejados na terça-feira (29), o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Menezes (PSD), assim a definiu: “Salvador é uma metrópole que se derrama. A cidade que ‘veio ao mundo’ derramada sobre a encantadora Baía de Todos os Santos, é também a cidade que há 473 anos segue encantando a todos, inclusive aos soteropolitanos”.

Um dos principais destinos turísticos do país, Salvador, em qualquer que seja a estação, “se oferece bela” aos olhos dos mais de 10 milhões de visitantes que recebe a cada ano, aquecendo sua economia “nos mais diversos campos da atividade humana”, constatou, recordando que, berço do Brasil, a cidade foi a primeira capital brasileira, centralizando os interesses políticos e econômicos da Coroa Portuguesa no período colonial, de 1549 a 1763, status que, posteriormente, foi transferido para o Rio de Janeiro.

Mais do que qualquer outra cidade do mundo, prosseguiu o presidente do Parlamento baiano na moção,, Salvador “aprendeu também a derramar-se àqueles que têm fé, independentemente do Deus escolhido”. Com suas mais de 365 igrejas, a metrópole soteropolitana “inclui-se no roteiro da crença internacional”. Com a canonização “da nossa querida Irmã Dulce dos Pobres”, o Anjo Bom da Bahia – primeira Santa brasileira nascida no Estado -, promovida pelo Papa Francisco, em 13 de outubro de 2019, “a plural Salvador passou a experimentar um crescimento substancial em seu turismo religioso”, destacou Menezes.

Também chamada de cidade do axé, a aniversariante do dia 29 de março juntou-se ao município de Bom Jesus da Lapa, que historicamente reúne grande contingente de romeiros em gigantescas peregrinações, passando “a capitanear esse expressivo segmento da economia da Bahia”, que gera “algo da ordem de 3 mil empregos diretos e indiretos por ano”. Segundo o parlamentar, juntas, a capital baiana e Bom Jesus da Lapa recebem, anualmente, cerca de cinco milhões de fiéis. “A força da sacralidade dos rituais religiosos de Salvador, que se expressa de maneira plena em seu sincretismo religioso, deve-se, em larga medida, aos muitos pontos sagrados existentes na cidade”.

Para além das mais de 365 igrejas, tendo como expoentes desses pontos sagrados a Basílica do Senhor do Bonfim e a Igreja da Conceição da Praia, Salvador “abriga ainda quase 2 mil terreiros de candomblé e demais santuários religiosos. Isso a faz uma das cidades mais ricas em patrimônios imateriais do planeta”.

Ao prosseguir descrevendo a cidade e sua singularidade, Adolfo Menezes pontuou que, “circular, como um dos seus principais monumentos, o Forte de São Marcelo, a cultura de Salvador não abriga arestas e vértices para o gosto humano, seja de sua gente ou visitantes. A cidade também se derrama à profanidade. Em seu rico calendário de festas populares, Salvador abriga o Carnaval, nada menos que a maior festa profana do planeta”.

Ele ainda destacou que a cidade homenageada é também o berço do samba e da capoeira. “E na ginga de capoeiristas como mestre Bimba e mestre Pastinha, assim como na voz de grandes artistas, levou o nome de Salvador para além-mar. ‘… São Salvador, Bahia de São Salvador, a terra do branco mulato, a terra do preto doutor…’, cantou o genial Dorival Caymmi. ‘… Ah, que bom você chegou, bem-vindo a Salvador, coração do Brasil…’, a Banda Eva confessou a nossa hospitalidade”, pontuou.

Para o presidente do Legislativo, com tantas riquezas e peculiaridades, a cidade não poderia fechar a sua agenda ao esporte mais popular do país. “No templo do futebol baiano, a famosa Fonte Nova, Salvador acolhe o tradicional BAVI (Bahia x Vitória), um dos principais clássicos do único país pentacampeão de futebol no mundo. Mas no BAVI, ao contrário dos grandes derbys (clássicos) do futebol internacional, o duelo entre o tricolor e o rubro-negro baianos adotou como principal árbitro dessa quase secular rivalidade, a paz. Adversários, jamais inimigos, é o lema que rege as maiores e principais torcidas na Bahia dentro dos estádios”, garantiu.

Apesar de seus contrastes, de sua beleza natural, de seus monumentos históricos, de sua extraordinária história, “a maior riqueza de Salvador pulula entre suas vielas, becos, ruas, livros, poesias, canções, casarões, mansões, sobrados. A maior riqueza de Salvador é a sua gente”, considera Adolfo Menezes.

Foto: Arquivo/ASCOM

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