Pandemia: tradicional loja de conveniência fecha as portas
Há 25 anos, a MB Loja de Conveniência (BR Mania) do Hiper Posto sempre foi ponto de referência na Avenida ACM, mas não resistiu à crise provocada pela pandemia de Covid-19 e fechou as portas este mês. Na fachada da loja, uma faixa informa aos clientes que estão fechados temporariamente e que só retornarão as atividades quando as condições de saúde pública forem favoráveis. Uma decisão do fraqueado, Manoel Matos, antes que a situação financeira ficasse ainda pior e não tivesse condições de honrar com as responsabilidades em relação aos funcionários, fornecedores e impostos.
A MB Lojas de Conveniência já foi por vários anos uma das principais lojas BR Mania em vendas do Norte/Nordeste, mas há 11 meses estava trabalhando no vermelho e ainda tendo que pagar os royalties da franquia. “Nossa maior preocupação eram os funcionários, infelizmente tivemos que demitir nossos 32 colaboradores, que por traz têm famílias para sustentar. Mas o pior seria chegar a um ponto de decretar insolvência e não pode pagar nem a eles”, lamenta o empresário.
A loja funcionava 24 horas e era um apoio aos moradores e trabalhadores da região do bairro da Pituba. A loja tinha padaria e pizzaria, oferecia almoço executivo, japonês, além de artigos de mercearia e lanches. “Me senti órfã quando vi a lona com a mensagem que fechou”, conta a psicopedagoga Carolina Monteiro que fazia a loja de ponto de apoio ao voltar para a casa. “Era onde sempre comprava pizza, sushi e lanches para as minhas filhas. Já fazia parte da minha rotina, vou sentir muita falta”.
A diretora de lojas de conveniência do Sindicombustíveis Bahia, Marcela Lomento, alerta sobre a importância deste tipo de comércio para os consumidores como pontos estratégicos da cidade, pois oferece serviços de apoio essenciais, principalmente neste momento de pandemia. “O consumidor pode comprar desde um lanche a produtos de higiene para sua casa, sem precisar enfrentar aglomeração de um grande centro de compras nem dificuldade para estacionar”, lembra. Marcela diz que o sindicato vem buscando o diálogo com o poder público para incluir as lojas de conveniência nas atividades essenciais.
O Hiper Posto continuará funcionando mesmo com redução de 50% do faturamento. No entanto, Manoel Matos afirma que a loja de conveniência só retornará quando houver segurança em relação a saúde pública e puder voltar a funcionar sem restrições.
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