Um ano do Complexo Social de Pau da Lima é comemorado com promessa de ampliação de cursos
Ao som da banda da Guarda Civil Municipal de Salvador, os usuários do Complexo Social de Pau da Lima comemoraram nesta sexta-feira (28), com muita animação o primeiro ano de atividades do equipamento. Com direito a um almoço diferenciado e uma torta simbólica por conta da pandemia, os presentes agradeceram ao secretário de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (Sempre), Kiki Bispo e a vice-prefeita, Ana Paula Matos pelos serviços ofertados “que tem mudado a vida de muitos”.
Diamar Silva Guimarães, moradora de Dom Avelar, por exemplo saí do seu bairro para desfrutar do almoço no restaurante. “Pela qualidade do almoço, pelo tratamento que tenho aqui, vale à pena o deslocamento”, garantiu, com seu filho no colo. Sobre os cursos, afirma está esperando a pandemia passar para se matricular em um deles.
Já o idoso José Caetano dos Santos confessa almoçar de vez em quando, mas não ter o que falar da alimentação. “Acho o atendimento ótimo, número 1000”, agradeceu.
Enquanto isso Sara Maria não apenas aproveita do restaurante como está tomando curso de profissionalizante de abará e acarajé. “Estou gostando muito do curso e que pena que está acabando hoje. Já faço encomendas e com o certificado do Senac já fica mais fácil e quando o coronavírus passar meu negócio vai fluir porque meu plano é tirar meu certificado para trabalhar como baiana de acarajé”, assegurou, complementando que pretende ainda fazer muitos outros cursos.
O restaurante funciona das 11h às 13h30, na Avenida Aliomar Baleeiro, principal via da região, com alimentação em quantidade adequada e nutricionalmente balanceada, além de orientações para realizar a higiene pessoal. Após a crise do coronavírus as refeições serão vendidas por R$ 1.
A expectativa de ampliação dos cursos vem como presente, conforme antecipa o secretário Kiki Bispo. “Já estamos sentando à mesa tanto com o prefeito Bruno Reis, tanto com a vice Ana Paula Matos, já temos espaço e a previsão é de implementação de novas modalidades de cursos o quanto antes”, elencou.
No entanto, a previsão, segundo o gestor, é de que 2 mil pessoas/mês sejam capacitadas pós-pandemia. “É um espaço pensado também pós pandemia para que as pessoas possam ressignificar suas vidas e retomar a autonomia financeira, não apenas dar o pão, mas uma profissão”, frisou.
O Complexo conta com o Restaurante Popular que nesse período ofertou um total de 168.731 mil quentinhas. Aliado a isso, os moradores do bairro e localidades adjacentes contam com o projeto que realiza aulas de educação profissionalizante gratuitas para pessoas em situação de vulnerabilidade social, inscritas no CADÚNICO, beneficiárias ou não do Programa Bolsa Família, na faixa etária de 18 a 60 anos.
Os cursos são de salgados comerciais, cozinha básica, pizzaiolo, bombons e trufas, preparo de bolos tradicionais, abará e acarajé, aplicativos básicos de informática e básico de corte e costura “E mesmo nesse período de crise, em que as pessoas estão evitando sair de casa pela necessidade de evitar aglomeração já conta com 148 alunos formados”, frisou, alertando que a pasta está cumprindo todo o protocolo sanitário.