Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia externa o seu pesar pela morte do jornalista Valdemir Santana
O Sindicato dos Jornalistas do Estado da Bahia vem a público externar o seu grande pesar pelo passamento do jornalista baiano Valdemir Santana, que será sepultado neste domingo (23.08) em sua terra natal, São Sebastião do Passé, no Recôncavo baiano. “O SINJORBA expressa o sentimento de toda a categoria jornalística da Bahia, porque Valdemir era uma pessoa queridíssima por todos que trabalharam e conviveram com ele, em veículos como os jornais Correio da Bahia e Tribuna da Bahia, e nas revistas Veja, Cláudia, SuperInteressante e Caras. Foi diretor do nosso Sindicato, era um profissional ético, com um apurado senso da notícia e grande companheiro, notável pela fina ironia e pelo constante bom humor”, destaca Moacy Neves, presidente do Sinjorba, externando seu pesar aos familiares e amigos do jornalista.
Valdemir Santana nasceu em 23 de janeiro de 1951, em São Sebastião do Passé, filho de Alina da Conceição Santana e de Aloisío de Santana, aliança que gerou ainda os irmãos Nadir, Zenir e Valdir. Cursou o então ginásio e o segundo grau no Ginásio João Paim, em Passé, depois graduou-se em Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia e especializou-se em Jornalismo Interpretativo, sob a batuta de Cremilda Medina, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Em 2007, ganhou bastante destaque profissional assinando a coluna “Gente”, no jornal Correio da Bahia. Nos últimos tempos, trabalhava na Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Salvador e escrevia a coluna “Boa Terra” no jornal Tribuna da Bahia.
Sua atuação como jornalista na Revista Caras sempre foi o de fortalecer os assuntos mais importantes da cultura da Bahia, como esse texto, de Janeiro de 2008, sobre “O Tradicional Terno de Reis de Dona Canô”: “O Terno de Reis Filhos do Sol, de d. Canô Velloso (100), cortejo religioso de tradição portuguesa inspirado nos Reis Magos e que anima Santo Amaro da Purificação, Bahia, há mais de 50 anos, nesta edição teve ares diferentes por indicação de Maria Bethânia (61), filha de d. Canô. Perfumes em spray foram distribuídos aos participantes, que cantavam e dançavam pelas ruas do centro histórico da cidade. “Fizemos referência ao orixá Oxum, que protege minha mãe, e achei que deveria levar água-de-cheiro para abençoar o povo”, disse Bethânia, ao lado da mãe e do irmão Caetano Veloso (65). Essa foi uma das raras vezes em que o cantor não desfilou representando um dos três Reis Magos. “O terno está lindo. E é divertido vê-lo nas ruas, é tão animado”, disse Caetano, que acompanhou tudo com o filho Tom (8). A festa começou ao anoitecer, com a concentração na sede da Lyra dos Artistas, centenária filarmônica local. “Fico feliz em ver como a cidade adotou este terno, que começou pequeno, coisa de família”, agradeceu d. Canô. O cortejo, então, foi formado e seguiu para a calçada em frente da residência da família. Em meio aos aplausos, a estudante Mariana Toniolo (24), namorada do jornalista Jorge Velloso (24), bisneto da homenageada, pôs a coroa de “anja” dos reis, símbolo da festa, na cabeça de d. Canô, que, em seguida, foi de carro acompanhar o desfile. De toda a família, Rodrigo Velloso (69) era o mais animado: foi ele quem criou a festa para comemorar também o aniversário de casamento dos pais, d. Canô e seu Zeca. E a admiração passou para as outras gerações do clã. “Se depender de mim essa festa continuará com todo o vigor”, prometeu Jorge.