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SETEMBRO VERDE: Câncer colorretal é o segundo tipo mais diagnosticado no país

Brasil deverá registrar 40 mil novos casos em 2020, segundo o Inca; identificação precoce das lesões aumenta sobrevida do paciente

Segundo tipo mais diagnosticado no Brasil, com cerca de 40 mil novos casos previstos pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para 2020, o câncer colorretal (CCR) é a terceira causa de óbito por tumor maligno em homens e mulheres, sendo pulmão e mama as primeiras. “Cerca de 95% dos casos derivam de lesões pré-malignas, em um processo que pode durar vários anos e de forma silenciosa”, alerta o gastroenterologista Allan Rêgo.

O especialista, que é coordenador do Serviço de Gastroenterologia, Hepatologia e Endoscopia Digestiva do Hospital Cárdio Pulmonar, destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce e diz que as atividades ganham reforço com a chegada do Setembro Verde, campanha dedicada à conscientização sobre a doença.

O médico reforça a importância das consultas regulares com especialistas mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, seguindo os protocolos de segurança já estabelecidos pelas instituições de saúde.  “Muitas unidades já estão totalmente adaptadas para receber o paciente com segurança, com novas rotinas, novos fluxos de atendimento”, orienta.

Colonoscopia

Allan Rêgo alerta que o reastreamento para a prevenção do CCR através de exames passou a ser indicado a partir dos 45 anos, mesmo sem que o paciente apresente histórico familiar, conforme orientação da Sociedade Americana do Câncer e Sociedade Brasileira de Proctologia.

“Existe a recomendação de retossigmoidoscopia (exame endoscópico de imagem) ou pesquisa de sangue oculto a partir dos 45 anos, além da colonoscopia”, explica Allan Rêgo, destacando o suporte das evidências científicas para as estratégias de prevenção.

“A detecção e retirada das lesões precursoras, bem como o diagnóstico do câncer em estágios mais precoces através de exames como a colonoscopia, tem reduzido significativamente a incidência e a mortalidade por esta patologia”, reforça. O especialista diz hábitos de vida e histórico familiar interferem na incidência do câncer colorretal.

“O intervalo para repetição da colonoscopia deve ser determinado pelo médico a partir dos achados no exame anterior. O tipo e o tamanho dos pólipos retirados, quando for o caso, determinam a frequência do acompanhamento”, explica, acrescentando que quanto mais precoce o diagnóstico e tratamento, melhor a sobrevida do paciente.

“Observa-se uma sobrevida de 5 anos em 90% dos pacientes se a doença estiver localizada (restrita à parede do intestino), 68% para doença regional (envolvimento de linfonodos) e apenas 10% quando de metástases à distância”, compara Allan Rêgo.

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