Prefeito de Barrocas lamenta fechamento do Banco do Brasil na cidade: “decisão absurda”
Encerramento das atividades faz parte do plano de reorganização da instituição anunciado no último dia 11
O município de Barrocas, na região Sisaleira, é um dos que serão afetados pelo fechamento de unidades do Banco do Brasil, anunciado na última segunda-feira (11) como um plano de reorganização administrativa da instituição financeira. A notícia foi recebida com surpresa pelo prefeito Jailson Ferreira, que se adiantou em enviar ofício a executivos do banco pedindo que o fechamento seja revisto. Ele classifica a decisão como “absurda” e aponta prejuízos para o desenvolvimento local.
“A gente lamenta. O município tem 20 anos e desses 17 foram com um posto de atendimento do Banco do Brasil. A folha da prefeitura é paga pelo banco, o município tem cerca de 2,5 mil aposentados que recebem o benefício através do banco, Barrocas abriga uma mineradora e está em fase de instalação de uma fábrica de calçados, que deve gerar 420 empregos diretos, além de ser um dos comércios mais fortes da região. Não entendo o critério, pois temos uma movimentação financeira considerável para justificar a manutenção do BB na cidade”, aponta o prefeito.
O Banco do Brasil é a maior agência bancária de Barrocas. Segundo o gestor, o fechamento “acarretará um prejuízo incalculável para o município”. Jailson Ferreira acrescenta que a agência local sempre prestou um serviço a contento e manteve uma boa parceria com a prefeitura, mas, caso concretize o fechamento, ele será obrigado a buscar o apoio de outras instituições financeiras que possam se instalar na cidade para suprir da demanda da população de forma presencial, uma vez que boa parte dos habitantes vivem na zona rural e não possuem acesso e familiaridade com os meios digitais.
O prefeito esteve na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador nesta quarta-feira (13). A instituição representativa dos prefeitos emitiu nota de repúdio, clamando que o Governo Federal, o Ministério da Economia e a presidência do Banco do Brasil revisem o ato para a manutenção das agências nos municípios baianos, entendendo a importância institucional e econômica das agências para a vida cotidiana dos municípios. Com base no plano de reorganização apresentado, 361 unidades do banco serão desativadas no primeiro semestre deste ano.