Tiasa vai fabricar dióxido de titânio no Polo de Camaçari
Indústria vai investir R$ 250 milhões na 1ª fase de implantação e gerar 1,1 mil empregos
Importador de dois terços de pigmentos de dióxido de titânio consumidos no país, o Brasil vai ganhar uma unidade química, que será instalada no Polo Industrial de Camaçari, na Bahia. A Titânio América (Tiasa) vai investir, na primeira fase de implantação, R$ 250 milhões, quando serão gerados 200 empregos diretos, 300 indiretos e outros 600 postos de trabalho nas obras civis. O investimento foi anunciado durante a assinatura de protocolo de intenções com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), nesta terça-feira (19).
De acordo com Eduardo Tavares de Melo, presidente do Conselho de Administração da Tiasa, já foram investidos R$ 100 milhões no desenvolvimento tecnológico e na planta piloto do projeto construída na Bahia. “Esse projeto de dióxido de titânio é inovador, foi desenvolvido nos últimos 10 anos e tem uma importância para o país, que é importador do produto. Dois terços do consumo brasileiro são abastecidos pela China e Estados Unidos e o Brasil poderá se tornar menos dependente do produto importado, favorecendo inclusive a balança comercial, além de gerar emprego e atender a indústria local. A tecnologia, desenvolvida por técnicos nacionais, é ambientalmente limpa e sustentável”, diz.
“É com muita alegria que a gente recebe o anúncio deste investimento, em especial por estar assinado um protocolo para o município de Camaçari, onde teremos o fechamento da Ford. Além do mais, a Bahia é o único local do país onde já fabricávamos o pigmento de dióxido de titânio pela Tronox e agora teremos uma segunda unidade fabril produzindo uma matéria-prima tão importante para a indústria”, afirma o vice-governador João Leão, secretário da SDE.
De acordo com a empresa, a estimativa é começar a operar a planta no final de 2022. Nesta primeira fase, a unidade terá uma capacidade produtiva combinada de pigmento de titânio e de óxido de ferro de 38 mil toneladas/ano, com expectativa de atingir 170 mil toneladas/ano quando todas as etapas do projeto estiverem implementadas. Além do pigmento de dióxido de titânio, utilizado para vários fins, a exemplo de base para tinta imobiliária, produção de vidros e plásticos e protetor solar, tem o segundo subproduto que é hematita sintética, que tem como finalidade a indústria siderúrgica.