Beiju produzido por agricultores de Ituberá chega à rede de supermercados do município
O beiju produzido por agricultores familiares do município de Ituberá chegou à rede de supermercados da região. O acesso ao mercado proporciona aumento na renda e melhor qualidade de vida para, diretamente, 30 famílias associadas à Agência de Desenvolvimento Sustentável e Comercialização da Agricultura Familiar (ADSCAF).
A produção de beiju, que antes era de 1.500 pacotes de 300 gramas por mês, dobrou, agora são 3 mil. Consequentemente, o faturamento também. Antes, a associação faturava cerca de R$4 mil. Hoje, chega a R$8 mil. O beiju, vendido nas feiras livres, agora está nas prateleiras da rede de supermercados de Ituberá, o Curujão.
A associação é beneficiada pelo projeto do Governo do Estado, Bahia Produtiva, que está investindo R$561,5 mil em ações para promover o acesso ao mercado. Os agricultores são atendidos com assistência técnica e extensão rural (Ater) e contam com assessoria técnica de um Assistente Comunitário Rural (ACR). Os recursos também serão destinados para a requalificação da unidade de beneficiamento da mandioca e para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas.
O Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (Sasop) é a prestadora de ATER que acompanha as ações do projeto em Ituberá. O engenheiro agrônomo do Sasop, Jonas Costa, explica o trabalho realizado junto aos agricultores: “Tivemos como estratégia de trabalho a adoção de práticas agroecológicas no manejo da mandioca, a partir de visitas técnicas sobre coleta de amostras de solo, controle alternativo de insetos e doenças, utilização de insumos naturais e de subprodutos da mandioca. No contexto da adequação dos produtos para comercialização, ocorreram encontros comunitários e visitas técnicas sobre agregação de valor dos produtos da mandioca e derivados, bem como do beneficiamento e agregação de valor do cacau de qualidade”.
O resultado do investimento em Ater em Ituberá e na região do Baixo Sul foi a melhoria da produtividade da matéria-prima, da renda, incrementada pela venda da matéria-prima, a confecção de produtos com valor agregado e a oportunidade de os beneficiários se posicionarem como pequenos empreendedores no município.
O ACR Witalo Mendes Santos conta que, antes da chegada do projeto, o produto era comercializado na feira livre, em pouco volume: “O nosso produto não tinha rótulo, validade e nem tabela nutricional, e isso era um entrave no processo de comercialização. Com o projeto, foi possível concretizar o rótulo e os outros itens necessários. Aumentamos mais de 60% o volume da produção, porque garantimos o acesso ao mercado”.
A agricultora Alexandra dos Santos é uma das beneficiadas e comemora o resultado da assistência técnica: “Foi uma grande conquista para a associação. Venho fabricando beiju desde 2018, mas não tínhamos nenhuma assessoria, hoje temos um produto que podemos vender e temos nossa renda. Já estamos na expectativa de mais crescimento com os outros investimentos que vão chegar”.