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Samba de Roda do Recôncavo baiano passa a ser Patrimônio Imaterial do Estado

Uma das joias da cultura brasileira, por suas qualidades intrínsecas de beleza, perfeição técnica, humor e poesia, e pelo papel importante que vem desempenhando nas próprias definições da identidade nacional, o Samba de Roda do Recôncavo baiano passa a ser Patrimônio Cultural Imaterial do Estado depois que o governador Rui Costa decretou o reconhecimento da manifestação musical no Livro de Registro Especial das Expressões Lúdicas e Artísticas, com publicação no Diário Oficial da Bahia nesta quinta-feira (decreto nº 19.494).

Os estudos para a patrimonialização do Samba de Roda foram produzidos pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), autarquia vincula à Secretaria de Cultura (Secult-Ba). Após a conclusão, o Ipac encaminhou o material ao Conselho Estadual de Cultura (CEC) para que fosse apreciado e encaminhado à Casa Civil para homologação do Governador.

O Samba de Roda foi reconhecido como patrimônio pelo IPHAN desde 2004; e reconhecido como Obra Prima da Humanidade pela UNESCO desde 2005. Agora é também reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia.

“Fazer o reconhecimento deste bem cultural é valorizar, estudar, registrar e divulgar, promovendo, assim, a sua continuidade, reprodução e transmissão às novas gerações, pois essa manifestação traz na sua constituição as marcas identitárias de povos que fizeram parte do processo civilizatório de constituição da nação brasileira, e que ainda hoje rememora, por meio de suas marcas culturais, todo o esplendor de uma cultura marcada por lutas históricas, memorizada e revelada através de seus ritos”, declara Nívea dos Santos, Gerente de Patrimônio Imaterial do IPAC.

De acordo com ela, o Samba de Roda do Recôncavo merece este reconhecimento por ser uma referência cultural, ter uma continuidade histórica consistente, possuir uma singularidade comprovada, apresentar um dinamismo vibrante, além de contribuir para a memória e identidade do povo da Bahia.

“As atribuições do IPAC após a patrimonialização, através do Registro Especial, não se encerram neste ato, pois a valorização do capital simbólico e cultural da titulação é o primeiro passo para uma política pública mais ampla”, explica Nívea. Além do reconhecimento cultural e produção de conhecimento do bem registrado, o patrimônio imaterial reconhecido poderá participar de editais culturais e convênios.

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