Pesquisa vai apontar resultados da ação do Pró-Semiárido junto a 240 organizações comunitárias
Para conhecer os resultados da ação do Pró-Semiárido no cotidiano das organizações comunitárias, foi realizada, até o último dia 30 de setembro, a coleta de dados junto às lideranças das associações que estão diretamente ligadas ao projeto. Os questionários foram aplicados in loco pelos técnicos e técnicas em desenvolvimento social e assistentes de prestação de contas.
A pesquisa envolveu o universo das 240 organizações comunitárias que executam ou executaram convênios do Projeto Pró-Semiárido nos 32 municípios de abrangência. Carla Ferreira, que faz parte da equipe de monitoramento e avaliação do Pró-Semiárido, explica qual o intuito desta pesquisa.
“O objetivo principal é avaliar os indicadores de efeito e resultados do Projeto no desenvolvimento organizativo e associativo nas comunidades beneficiárias, assim como o fortalecimento da gestão comunitária”. Ela explicita ainda que “é necessária a realização de uma pesquisa que atenda a esse objetivo, e que permita avaliar as contribuições do Projeto para a gestão comunitária, através do desenvolvimento organizativo e associativo”.
As lideranças comunitárias que estão contribuindo com a pesquisa levantaram uma série de boas práticas que aprenderam e aplicaram no dia a dia da associação com a chegada do projeto, a exemplo dos processos de prestação de contas, organização de documentos, processo de cotação, importância das notas fiscais e preenchimento de cheque.
Na hora de responder ao questionário da pesquisa, a presidente da associação comunitária do Brejo Dois Irmãos, município de Pilão Arcado, Eliane Souza, destacou que antes não tinha nenhuma experiência e nem conhecimento sobre processos licitatórios e outros trâmites necessários à execução de convênios e destacou a importância de ter cuidado e organização com as documentações: “Se não tiver organização, você se perde”.
Para o técnico em desenvolvimento produtivo e social do Pró-Semiárido, Ângelo Neri, a pesquisa vai ratificar o quanto as comunidades agregaram conhecimento com a chegada do Pró-Semiárido e passaram a entender o quanto é importante fazerem o bom uso dos recursos e o controle social da ação: “As pessoas aprenderam na prática coisas importantes para a associação. O que muitas vezes as pessoas acham que é burocracia, a gente entende como etapas necessárias para a transparência do uso dos recursos públicos”.