Roma diz que governo do estado abandonou Paulo Afonso
O candidato a governador da Bahia, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), disse que a cidade de Paulo Afonso e região enfrentam uma situação de abandono. “O Governo do Estado não consegue transmitir para toda essa região um vetor de desenvolvimento que gere emprego para o nosso povo”, disse Roma em entrevista à Rádio Angiquinho, em Paulo Afonso.
Roma apontou que o quadro identificado em Paulo Afonso é um reflexo do descaso das gestões petistas em todo o estado da Bahia, considerando tanto a gestão estadual quanto os mandatos que o PT teve à frente da Presidência da República. “Nos governos de Lula e Dilma, não foi entregue sequer um quilômetro de BR duplicada na Bahia, mas com o presidente Jair Bolsonaro, que não foi o mais votado na Bahia, estão chegando essas obras. É o presidente que está fazendo chegar mais de R$ 10 bilhões por ano para ajudar os mais necessitados na Bahia, com o Auxílio Brasil”, comparou Roma.
O ex-ministro da Cidadania disse que conversou com o presidente Bolsonaro que já autorizou a realização do projeto executivo para dar início às obras do Canal do Sertão Baiano, que será uma solução para o problema de irrigação para as lavouras de Paulo Afonso. “Aqui para toda a região de Paulo Afonso, podemos avançar com o projeto de irrigação. Tenho me dedicado muito a isso”, disse Roma, que também mencionou outros projetos de irrigação que avançam no Governo Bolsonaro, como o do Baixio de Irecê e o Canal da Redenção.
O candidato a governador do PL ainda indicou que o Aeroporto de Paulo Afonso poderia ter uma utilização muito maior, inclusive para funcionar na infraestrutura logística para escoar a produção da região. “Paulo Afonso já tem uma pista maravilhosa como essa que poderia ter muito mais movimentação, mas o Governo do Estado perdeu os investimentos com a TAM e com a Azul, que queriam instalar HUBs na Bahia”, lembrou Roma.
Ele complementou: “quando se baixou o querosene da aviação, eu comentei que era uma excelente notícia para o transporte aéreo, uma boa notícia para o turismo, mas que era uma pena que a Bahia perdeu esses investimentos”. Roma salientou que essa fuga de investimentos foi consequência da elevada tributação praticada na Bahia, o que impossibilita a atração de investimentos e a geração de novos empregos.
A companhia Azul anunciou que tem interesse em operar em Paulo Afonso. “Mas falta a instalação de um equipamento para viabilizar a chegada e a saída das aeronaves. A Azul tem interesse em operar, mas até agora, para variar, aqui na Bahia, onde se cobra o imposto mais caro para querosene de aviação, temos mais essa dificuldade”, apontou Roma. O ex-ministro da Cidadania informou que a companhia aérea também anunciou voos para Patos, na Paraíba.
“Em Patos já está funcionando porque todo o suporte, tanto do município quanto do governo do estado da Paraíba, foi dado. E a Bahia virando as costas”, disse o candidato a governador, que apontou essa situação de descaso com os aeroportos de Feira de Santana, maior cidade do interior do Nordeste, e de Barreiras, no oeste baiano.
Ao comentar a situação do Hospital Nair Alves de Souza (HNAS), que era gerido pela Chesf, Roma disse que a Companhia cumpriu todas as suas obrigações, mas apontou a omissão do governo estadual. “A Chesf cumpriu todas as suas obrigações. Uma decisão judicial deixou a gestão a cargo da Ebserh [Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares], mas com necessidade de contrapartida do Governo do Estado. O governo já se manifestou e cumpriu algumas de suas obrigações? Zero! Virou as costas para Paulo Afonso”, disse Roma.
Ele salientou que a Prefeitura de Paulo Afonso não tem condições de assumir um hospital regional que atende pacientes também de outros estados. Roma informou que teve diversas reuniões nos Ministérios da Educação e da Saúde, inclusive com a participação do vice-prefeito de Paulo Afonso, Marcondes Francisco, tentando viabilizar recursos, viabilizando emendas. “Por que o Governo do Estado da Bahia lava as mãos? O governo deixa a população passar por uma situação de humilhação. Não tem outra palavra”, criticou o ex-ministro da Cidadania.