Ireuda Silva defende projeto que transforma o Dia da Consciência Negra em feriado nacional
A vereadora de Salvador Ireuda Silva (Republicanos) defendeu a aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto que torna o Dia da Consciência Negra (20 de novembro) feriado nacional. A data é uma alusão à morte de Zumbi dos Palmares e é a mais simbólica para a luta contra o racismo, a desigualdade, a opressão e pela consolidação de direitos para as pessoas negras.
“Praticamente todos os nossos feriados nacionais fazem referência a movimentos históricos liderados por homens brancos, movimentos esses que, em diversos aspectos invisibilizaram excluíram importantes atores negros. Portanto, tornar feriado o Dia da Consciência Negra é uma maneira de o Brasil elevar o status da busca por reparação e da necessidade de eliminarmos o racismo estrutural”, defende Ireuda, que apresentou projeto semelhante no âmbito do município de Salvador.
A republicana também argumenta que “atualmente, o Dia Nacional da Consciência Negra é considerado feriado em mais de mil municípios do Brasil”. “A aprovação desse projeto tende a contribuir com a ampliação dos movimentos culturais referentes à consciência negra, valorizando a cultura afrodescendente e contribuindo para divulgações maiores”, diz.
A republicana também critica a letargia para a aprovação de outras tentativas de transformar o 20 de novembro em feriado. “Desde a apresentação da primeira iniciativa nesse sentido, várias outras, sobre outros temas, passaram na frente. Desse modo, questionamos: por que a demora para validar as políticas de combate ao racismo?”.
Resistência – Ireuda destaca que Zumbi dos Palmares foi um importante líder guerreiro na história brasileira, sendo considerado um dos principais representantes da resistência contra a escravidão no Brasil.
“Depois que negou o acordo de paz, feito na época por Ganga Zumba, o Quilombo do Palmares fora invadido pelo governo da época, sendo o líder capturado e morto no dia 20 de novembro de 1695”, diz a vereadora.