Salvador

“A vítima de agressão não tem autoestima, tudo o que o agressor faz é reduzi-la a nada”, diz Ireuda Silva

A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), destacou, na manhã desta terça-feira (14), os impactos psicológicos e emocionais da violência doméstica. Para a republicana, em muitos casos, a destruição da autoestima prende a mulher naquela situação.

“[A mulher deve] procurar acreditar em si. A mulher vítima de agressão não tem autoestima, porque tudo o que o agressor faz é reduzi-la a nada. As mulheres vítimas de agressão são tomadas por um medo e por uma incapacidade terrível de reconstruir o futuro. Tem medo de ficar sozinha. É aquela história de que é pior sem ele, quem vem desde que a gente é criança. Mas quero falar que consegui me libertar, acreditei que tudo era possível. Sou livre, e minha liberdade está dentro de mim”, disse, em entrevista ao jornalista Osvaldo Lyra, na rádio Nova Brasil FM.

Ireuda também criticou a falta de preparo do poder público e do Judiciário para proteger as vítimas e punir os agressores. “Demora cinco, seis meses para essa mulher ser atendida. Não se tem a estrutura à altura. A Ronda Maria da Penha tem poucas viaturas. Não há uma resposta à altura contra o agressor. A Lei Maria da Penha é complexa, mas há problema no cumprimento dessa lei”, disse.

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