Ludmilla Fiscina quer psicólogo, botão do pânico e monitoramento por câmeras nas escolas estaduais da Bahia
Através da Indicação Nº 26492/2023, apresentada na última sexta-feira (14), à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a deputada estadual Ludmilla Fiscina (PV) solicitou ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) a inserção de profissionais da área de psicologia, a instalação de botão do pânico e o monitoramento por câmeras nas escolas da rede pública estadual de ensino no estado da Bahia.
A proposição vem logo após os recentes episódios de violência escolar e ameaças de massacres em instituições de ensino em todo o país, cujos conteúdos vêm sendo compartilhados por alunos e grupos extremistas nas redes sociais e pelo Whatsapp.
“O presente projeto tem como objetivo proporcionar um ambiente mais seguro para a rede estadual de ensino através de câmeras de videomonitoramento e do botão do pânico, como ferramentas que irão coibir possíveis casos de violências nesses espaços”, destacou a deputada, que também se preocupa com a saúde mental de quem faz parte da rede de ensino.
“Sabemos que a saúde mental é um dos maiores desafios do século 21, por isso, dispor de um psicólogo nas unidades escolares significa a prestação de atendimento especializado para alunos, professores e trabalhadores da educação como um todo, para dar o suporte emocional necessário com atendimento individual e ações educativas que promovam a saúde mental a todos que frequentam a comunidade escolar”, defendeu Fiscina, ao mencionar a Lei Federal Nº 13.935/2019, a qual determina que o poder público deve assegurar o atendimento psicológico e socioassistencial aos educandos da rede pública da educação básica.
“Assim, não se pode discutir e pensar a violência nas escolas de forma isolada, vez que os educandos precisam de acolhimento. É preciso dialogar com os jovens para podermos entender suas necessidades e problemas, dentro do papel social da escola”, disse Fiscina.
Na proposição, a parlamentar mencionou estudos de especialistas sobre possíveis causas e fatores que influenciam na violência escolar, como a fome, o aumento do desemprego, o atraso nos conteúdos e a violência geral na sociedade, além do aumento da evasão escolar durante a pandemia. “Vale ainda observar que esses agressores estão sempre portando arma de fogo ou faca, cujos ataques, na maioria das vezes, são motivados por bullying sofrido por esses estudantes na adolescência. Precisamos cuidar dos nossos jovens”, alertou a deputada.
Foto: Aluísio Neto (Ascom/Deputada)