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Comissões fazem nova convocação para dono do Atakarejo falar sobre as mortes de Yan e Bruno

Uma nova convocação ao dono da rede Atakarejo, Teobaldo Costa, foi solicitada e assinada pelo presidente da Comissão de Reparação da Câmara de Salvador, vereador Luiz Carlos Suíca (PT). A reconvocação aconteceu nesta sexta-feira (4) para que o empresário seja ouvido durante sessão conjunta de Reparação com a bancada de Direitos Humanos da Casa, marcada para o dia 16 de junho. No dia 2, Teobaldo não compareceu ao primeiro convite feito pelos parlamentares. Ambas as comissões querem ouvir o dono da rede sobre o caso ocorrido em abril, na unidade do Atakarejo do bairro de Amaralina, onde dois jovens acabaram mortos após serem flagrados supostamente roubando carnes no estabelecimento.

“Fizemos uma nova convocação porque sei que a rede quer ser ouvida. Não pôde comparecer por algum motivo e precisamos reforçar essa convocatória pelo fato das famílias quererem uma resposta. A nova reunião será às 9h30 do dia 16 e de forma remota como aconteceu a primeira. Para maiores esclarecimentos sobre esse caso que chocou toda a população baiana e do país, pois o crime virou um assunto nacional. Os dois jovens foram torturados e mortos com crueldade. Foram entregues por funcionários do Atakarejo, então, o dono, a meu ver, tem que ser ouvido”, declara Suíca, que assina a nova convocatória enviada a Teobaldo Costa.

A ausência do empresário na primeira audiência provocou protestos dos familiares de Bruno Barros da Silva, de 29 anos, e Ian Barros da Silva, de 19 anos, tio e sobrinho, que foram encontrados mortos após serem entregues a traficantes na região do Amaralina. Eles foram apontados por funcionários do Atakarejo como responsáveis por furto na loja. “Queria ouvir o que ele [Teobaldo] tinha para falar, mas parece que está se escondendo”, critica Elaine Costa, 37 anos, mãe de Ian. Dionesia Pereira de Barros, 58 anos, mãe do outro rapaz Bruno, disse que comprava no Atakarejo, mas que não pisa mais os pés lá.

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