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Cresce o número de pessoas com 40 anos ou mais no mercado de trabalho

Segundo especialista, contratação desses profissionais mostra que as empresas estão conscientes sobre o profissionalismo do grupo etário 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram que a inserção de pessoas com 40 anos ou mais no mercado de trabalho aumentou nos últimos 10 anos. De 2012 até 2023, o percentual de trabalhadores com essa faixa etária passou de 38,6% para 45,1%. Seja para fazer uma transição de carreira, recolocar-se no mercado de trabalho ou iniciar em um novo emprego após uma graduação, é possível, sim, passar pelo processo natural do envelhecimento e manter-se ativo, seja em empresas privadas, públicas ou empreendendo. 

De acordo com a coordenadora dos cursos da área de Gestão e Negócios do Centro Universitário Ages, Silvia Manoela, é preciso compreender que a população brasileira está envelhecendo, o que torna natural a participação de pessoas de 40 anos ou mais no mercado de trabalho, permanecendo empregadas ou empregando-se.  

“Além da vontade desse público, algumas empresas estão olhando mais para a diversidade em seus times e buscando reduzir certas tendências de contratação de somente pessoas mais jovens. Podemos citar, ainda, que as pessoas com 40+ podem ter mais competências, experiências e vivências, tendo grande repercussão dentro do mercado de trabalho, já com um repertório bem alinhado. Contudo, esse profissional precisa estar adaptado a esse novo cenário tecnológico”, aponta Silvia. 

A especialista destaca que a contratação dos profissionais 40+ mostra que as empresas estão conscientes sobre o profissionalismo desse grupo etário, que precisa de valorização, pois são, sim, um grupo de destaque, empenhado e disposto a aprender e a contribuir com o cenário econômico atual.

  

“Não podemos falar de mercado de trabalho sem destacar a formação. Observa-se que cada vez mais pessoas de 40+ estão melhorando os currículos através da formação superior, seja fazendo uma pós-graduação, a primeira graduação ou fazendo uma transição de carreira, as possibilidades são muitas”, disse a professora da Ages. 

Etarismo  

De acordo com o Relatório Mundial sobre Idadismo, da Organização Mundial da Saúde (OMS), o etarismo se refere a “estereótipos, preconceitos e discriminação direcionadas às pessoas com base na idade que têm”. Ou seja, além de não ser fácil voltar ao mercado de trabalho, as pessoas com maior faixa de idade ainda sofrem preconceito por conta da idade.  

“A melhor forma de combater esse preconceito etário é conscientizar a população. A discriminação é baseada em estereótipos, disseminados, muitas vezes, pela mídia e pela indústria, que utilizam o discurso anti-idade, retratando o corpo mais velho como algo indesejável. No ambiente profissional, a discriminação pode ser percebida pela dificuldade de encontrar um emprego ou pela desigualdade salarial. O etarismo é um tema que precisa ser falado justamente para que a gente não despreze, não descarte esses profissionais que têm essa bagagem”, finalizou a coordenadora.  

Foto: Divulgação 

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