Salvador

Cultura oceânica é foco da edição 2021 da campanha “O mar não está para plástico”

Ação de coleta de lixo vai acontecer em São Tomé de Paripe no Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias, celebrado neste sábado (18) 

Quantas pessoas já pararam para pensar sobre como suas ações cotidianas afetam os oceanos, como a saúde das águas afeta seu dia a dia ou como podem contribuir para mitigar os danos causados pela poluição marítima? Provavelmente poucas possuem esta cultura oceânica, já que muitas ainda insistem em jogar lixo no mar e na areia da praia sem nenhum tipo de constrangimento. Para ampliar a conscientização da sociedade a respeito das consequências dessa atitude, a campanha “O mar não está para plástico” realiza uma ação especial de coleta de lixo na Praia de São Tomé de Paripe no Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias, celebrado neste sábado (18), a partir das 8 horas. O movimento é realizado pelo Instituto Rede Mar Brasil e Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB), com apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), Marinha do Brasil e Mahalo.

O ponto de encontro será o trecho da praia localizado em frente ao Cerimonial Villa do Mar, onde serão montados toldos com infraestrutura para suporte aos voluntários, com água e equipamentos para a coleta (luvas, coletes e baldes). Os guardiões da praia, como são chamados os voluntários cadastrados para a campanha, participaram de uma capacitação no último dia 11. Todos foram orientados a seguir os protocolos de saúde, limpeza, higiene e segurança para prevenção ao novo coronavírus. Os interessados em se voluntariar para a ação ainda podem se inscrever preenchendo um formulário online ou indo diretamente ao local. Os participantes devem levar garrafa ou caneca de uso pessoal para beber água. O formulário está disponível neste link: https://bityli.com/QdLS5.

Descarte responsável – De acordo com o presidente do Rede Mar Brasil, William Freitas, “para que a Década do Oceano (2021-2030) cumpra seus objetivos, é preciso que os frequentadores de praias, em especial, e a sociedade como um todo assumam sua responsabilidade individual e coletiva em relação ao correto descarte do lixo produzido. “Nos preocupamos, especialmente, com o microlixo, pois mesmo com a coleta dos resíduos sólidos efetuada pelo poder público, fragmentos de plástico e lixos difíceis de serem coletados, como bituca de cigarro, palitos de picolé e sacolas plásticas, vão direto para os oceanos, causando um imenso dano ao ecossistema marinho”, destacou.

Para a coordenadora de meio ambiente, empreendedorismo e ação social da ACEB, Anne Cristina Nogueira, a educação ambiental é a única capaz de mudar a realidade atual. “É fundamental que as escolas, as famílias, o poder público e a sociedade civil organizada se unam no propósito de conscientizar as futuras gerações, desde a primeira infância, sobre a importância de preservar nossos rios e mares. Crianças e jovens precisam aprender de forma efetiva que ‘o mar não está para plástico’. A atual geração precisa repensar e mudar suas atitudes com urgência. O descarte inadequado de embalagens, garrafas, sacos plásticos, pneus e outros resíduos em pleno século XXI é inconcebível”, declarou.

Menos plástico – Como o plástico é à prova de fungos e bactérias, sua degradação é extremamente lenta, podendo demorar mais de 450 anos. Além disso, quando o plástico cai nos oceanos, ele se fragmenta em pequenas partículas plásticas (microplásticos), que acabam participando da cadeia alimentar de animais marinhos, causando a morte deles e interferindo no ciclo reprodutivo de muitas espécies. Além de reduzir o consumo de plástico, sua reciclagem e reutilização são formas eficazes de promover a cidadania oceânica. “Atitudes simples como levar copos e canecas não-descartáveis para a praia e para o trabalho fazem uma diferença enorme para o meio ambiente. Se cada um fizer sua parte, a sustentabilidade do nosso planeta estará garantida”, concluiu William Freitas.

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