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Festa de Corpus Christi volta à Esplanada após 2 anos de pandemia

A tradicional festa católica do Corpus Christi na Esplanada dos Ministérios está de volta. Após um hiato de dois anos, devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, as paróquias do Distrito Federal voltaram a confeccionar os tapetes feitos de serragem no gramado em frente aos ministérios.

“É muito grande este momento. Depois de dois anos, a gente retoma essa manifestação pública da nossa fé. E é o momento de revigoramento, de ver tantos outros grupos, tantas outras manifestações da igreja. E você vê a comunhão”, disse a irmã Kássia Renata da Costa, do Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus.

Ela chegou às 7 da manhã e, assim como ela, centenas de outros iniciaram cedo a confecção dos tapetes, um dos destaques da decoração nesta quinta-feira (16) ensolarada em Brasília.

Cada tapete é confeccionado por uma paróquia. Grupos de jovens e membros do clero se reúnem em um momento de celebração e união. Os desenhos são definidos em comunidade mas, a rigor, a decoração deve contemplar os símbolos próprios do Corpus Christi, da eucaristia, como o cálice e a hóstia.

“Esse retorno [após as restrições da pandemia] é importante porque é um tempo em que a comunidade de cristãos se reúne com o único objetivo em comum, que é a celebração do corpo e sangue de Cristo, um importante aspecto da nossa fé cristã católica, da presença real de cristo na eucaristia”, disse Frei Leonardo Tertuliano, da Ordem dos Frades Menores Conventuais.

Já passava das 11 horas da manhã quando Frei Leonardo dava os últimos retoques no tapete do Santuário São Francisco, da 915 norte. Ainda com as mãos sujas de serragem e tinta preta, ele destacou a importância de expressar sua fé em um mundo onde a intolerância religiosa por vezes se faz presente.

“A gente não deve nos afastar daquilo que nos é próprio. No nosso caso, a nossa fé tem essa tradição de abertura, de diálogo em comunidade através de um dia que você reúne várias paróquias com um objetivo em comum”, disse.

“É uma oportunidade de dialogar com o mundo, falar que o nosso jeito de ser fraterno também se estende ao próximo. Mesmo aquele que não é da nossa fé nós tratamos com a mesma dignidade”, acrescentou.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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