Salvador

Idealizado por Ireuda Silva, SIMM Mulher contribuirá para o empoderamento feminino

Há exatos dois meses, Salvador festejava mais uma conquista: o Simm Mulher, idealizado pela vereadora Ireuda Silva (Republicanos). Em agosto, ela e o vice-prefeito Bruno Reis estiveram na sede do SIMM (Comércio) para o lançamento do Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra da Mulher Soteropolitana. O objetivo do projeto é aumentar a inserção das mulheres no mercado de trabalho e movimentar a economia da capital baiana, cidade marcada por alto índice de desemprego e inúmeras desigualdades. O serviço também concederá cursos de capacitação a distância com professores qualificados.

O projeto é fruto de indicação de Ireuda, aprovada pela Câmara Municipal e acolhida pelo prefeito ACM Neto e pelo vice-prefeito Bruno Reis. “Fico muito feliz que o prefeito ACM Neto e o vice-prefeito Bruno Reis tenham se sensibilizado quanto à importância de um projeto como esse. Mostra que a prefeitura de Salvador está preocupada com essa realidade desfavorável das mulheres de nossa cidade. Buscar diariamente políticas que diminuam a desigualdade é um desafio e um dever de todos que ocupamos funções representativas. Penso que esse projeto também pode beneficiar especialmente as mulheres negras, que são maioria em nossa cidade e, além de sofrerem com o machismo, são também vítimas do racismo”, diz a republicana, que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.

Ainda de acordo com Ireuda, a situação de vulnerabilidade da mulher foi agravada pela pandemia do novo coronavírus.  Vítimas do machismo, são muitas vezes preteridas em seleções e ganham menos que os homens, mesmo quando possuem qualificação igual ou superior.

Dados do ano passado mostram que o desemprego entre mulheres é o maior em 15 anos na Região Metropolitana de Salvador. De 2017 para 2018, 32 mil mulheres ficaram desempregadas, um aumento de 13%.

Como se não bastasse, a vulnerabilidade das mulheres negras ao desemprego é 50% maior. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a cada 1 ponto percentual a mais na taxa de desemprego, as mulheres negras sofrem, em média, aumento de 1,5 ponto percentual. Por outro lado, elas têm mostrado um grande potencial para contornar as dificuldades: na última década, o volume de mulheres à frente dos pequenos negócios cresceu 18%, enquanto que o dos homens teve um aumento de apenas 8%, de acordo com pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

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