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Não faltam vacinas ou seringas em Feira de Santana, falta gestão para ampliar a cobertura vacinal”, avalia Sesab

Não faltam vacinas ou seringas para aumentar a cobertura vacinal da BCG em Feira de Santana, falta gestão. Essa é a avaliação da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) após identificar que em 2022, o número estimado de nascidos vivos na localidade era de 9.380 e tem-se registrado o envio de 12 mil seringas e quantitativo de doses suficientes para atender a demanda, incluindo a eventual perda técnica operacional.
É lamentável que a Prefeitura de Feira de Santana divulgue que faltam seringas para a vacinação de crianças com até 1 ano. Dados do Ministério da Saúde apontam que a cobertura vacinal da BCG em Feira de Santana é de apenas 54,32%, enquanto a média da Bahia alcança 83,43%. “Por se tratar de um município grande, ele é representativo dentre os 417 municípios e faz baixar a média estadual. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 90% de cobertura do público-alvo. Essa vacina é importantíssima, pois protege contra as formas graves da tuberculose, uma doença contagiosa que afeta os pulmões, mas também ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro)”, explica a secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana.
Somente este ano foram enviadas duas remessas de insumos ao município de Feira de Santana, sendo a primeira de 1.400 seringas e outra com 2 mil unidades. Tanto o imunobiológico quanto o insumo para aplicação da BCG são adquiridos exclusivamente pelo Ministério da Saúde e importados da Índia. Cabe aos estados a distribuição para os municípios, enquanto a gestão municipal deve construir estratégias eficazes para imunizar a população.
Incentivo a vacinação

Há menos de um mês o Governo do Estado lançou o Programa Vacina Bahia, que busca aumentar a cobertura vacinal, principalmente no grupo de crianças com até um ano de idade. Além de campanhas de incentivo à imunização, o estado disponibilizará recursos humanos e equipamentos para os 43 munícipios com até 100 mil habitantes com as mais baixas coberturas vacinais. Serão disponibilizados, por município, dois técnicos de enfermagem com experiência em imunização por seis meses e também um computador para ser utilizado em sala de vacina.

Foto: Divulgação

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