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Paulo Câmara diz que governo do estado tenta desviar a responsabilidade após governador culpar a Justiça brasileira pelo não recebimento do dinheiro dos respiradores

O deputado estadual Paulo Câmara (PSDB) reagiu à declaração dada na manhã de hoje (31) pelo governador Rui Costa (PT), que culpou o Ministério Público da Bahia (MP-BA) pelo não recebimento do dinheiro no caso dos respiradores, durante entrevista à Rádio Sociedade.

“Não adianta tentar desviar a responsabilidade no caso da compra malsucedida dos respiradores pelo Consórcio Nordeste, do qual o governador da Bahia era presidente. A sociedade baiana quer saber onde foi parar o dinheiro dos respiradores pago à empresa Hempcare e que nunca foram entregues. Vale lembrar que a compra resultou em prejuízo de quase R$ 50 milhões e que a dona da Hempcare acusou o ex-secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, de querer “estuprar” o estado, quando ele solicitou que a empresa majorasse os preços. Nenhum desses fatos será apagado da memória dos baianos”, disse Paulo Câmara.

O chefe do executivo estadual disse que o MP-BA tomou decisões “difíceis de entender” e culpou o órgão pela não restituição dos valores dos respiradores que nunca chegaram ao estado desde o início da pandemia.

Vale lembrar que na CPI da Covid do RN, o presidente do colegiado, Kelps Lima, revelou com detalhes, a partir de documentos sigilosos, como seria a divisão do valor arrecadado pelos nove estados nessa compra. “É público e notório que o diretor do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, pediu à dona da Hempcare que mais de quatro milhões do dinheiro arrecadado do povo nordestino fosse doado para a cidade de Araraquara (SP). O prefeito do município, Edinho do PT, publica o extrato da doação no Diário Oficial, que inclusive eu tenho a cópia da publicação. O Consórcio Nordeste, dirigido pelo governador Rui Costa e por Carlos Gabas, arrecadou 48,7 milhões dos estados nordestinos, e todos pagaram de forma adiantada. E por que escolheram essa empresa? Porque era uma mera intermediária de propina. Eles iam pagar a essa empresa, como de fato pagaram, ela ia dividir o dinheiro da propina e o resto ela ia comprar respiradores, sendo que 24 milhões seriam dos equipamentos e a outra metade do dinheiro seria para distribuição, inclusive para agentes públicos do governo baiano, além de empresários e sócio do irmão do chefe da Caca Civil do governo baiano ”, contou Kelps durante sessão da CPI.

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