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Salvador é palco de discussões sobre mudanças climáticas na América Latina

Líderes das cidades da América Latina estão em Salvador até esta quinta-feira (6) para participar da 2ª Academia Regional de Planejamento de Ação Climática da C40. O encontro iniciado nesta terça-feira (4), no Fera Palace Hotel, na Rua Chile, tem o objetivo de celebrar o progresso alcançado até o momento pelas cidades para a minimização dos efeitos do clima, além de explorar oportunidades de colaboração e aprendizado.

Na ocasião, representantes das cidades de Buenos Aires, Curitiba, Guadalajara, Lima, Medellín, Cidade do México, Quito, Rio de Janeiro, São Paulo e Santiago puderam trocar experiências, pontuar os desafios enfrentados e identificar soluções para um planejamento urbano mais resiliente em todas as cidades-membro.

Há três semanas, a Prefeitura de Salvador se comprometeu junto ao C40 a construir, até junho, um planejamento de ação climática. A medida visa traçar o caminho que a capital baiana deve trilhar para se tornar uma cidade neutra em carbono e resiliente ao clima até 2049, quando a cidade completará 500 anos.

“Estamos desenvolvendo o plano de ação climática que iniciamos há menos de um mês. Com isso, Salvador caminha para se tornar referência global quando o assunto é resiliência e mudanças climáticas. Nossa meta é chegar a zero carbono em 2049 e, para isso, atuaremos em pontos de forte impacto, como a redução de emissão de resíduos sólidos e a transição da matriz de transportes, que são a principais áreas que precisamos focar”, avaliou o titular da Secretaria de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis), André Fraga.

O vice-diretor regional do C40 para a América Latina, Ilan Cuperstein, avaliou positivamente incentivos importantes já realizados em Salvador. Dentre os exemplos estão o IPTU Amarelo, o IPTU Verde, a construção de ciclovias, o incentivo uso de lâmpadas em LED e a construção do BRT, que foi avaliado por ele como “um grande incentivo para reduzir a quantidade de carros na rua”.

“O próximo passo será a realização de um inventário de emissões traçando o perfil da cidade, avaliando três grandes áreas de redução de emissão: transporte, energia e resíduo. Após a elaboração desse inventário, serão pontuadas quais ações devem ser realizadas com prioridade em Salvador”, explicou Cuperstein.

Foto: Bruno Concha/Secom

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