Entidades do agronegócio discutem ações para o fortalecimento da agricultura irrigada
Após a criação, em maio do ano passado, dos polos que fazem parte da política nacional de fortalecimento da agricultura irrigada, a Comissão Nacional de Irrigação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu em Brasília, na quinta-feira (5), para discutir as ações prioritárias para o desenvolvimento desta modalidade de produção.
Participaram do encontro membros de entidades do agronegócio que atuam nas regiões abrangidas pelo projeto, entre elas, a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), representada pelo assessor de agronegócios Luiz Stahlke. A comissão tem a missão de envolver, no esforço para a evolução dos polos, lideranças locais, instituições de ensino e pesquisa, bancos de desenvolvimento, empresas públicas e privadas.
A CNA destacou, durante a reunião, a capacitação de membros da comissão e das associações de produtores irrigantes como ponto indispensável para a discussão da produção irrigada em cada região. “Vamos trabalhar na capacitação para que esses representantes atuem, em nível local, na discussão de políticas que nortearão as diretrizes dos recursos hídricos”, afirmou Eduardo Veras, presidente da comissão.
Outro importante debate tratou da tarifa da energia elétrica para a irrigação. Esse fator, segundo a comissão, compõe grande parte do custo de produção da agricultura irrigada, e deve ser acompanhado de perto. Segundo Veras, o alto custo da energia, que alimenta os equipamentos, pode inviabilizar ou provocar a redução na produção, isso porque os pivôs de irrigação são gastos fixos e a redução do consumo implica na queda da produtividade.
“Associações como a Aiba têm vasta experiência e podem, em parceria com a CNA e os outros polos, ampliar a área irrigada no País, com influência direta no aumento da produção sustentável e, consequentemente, na geração de emprego e renda”, disse Stahlke. Ele acrescentou que é necessário aperfeiçoar o modelo vigente, para tornar a agricultura irrigada mais eficiente, com a redução de entraves burocráticos e a melhoria das políticas públicas voltadas para o setor.
Houve, ainda, a avaliação dos resultados dos quatro polos de irrigação implantados, que ao todo reúnem 39 municípios nas bacias hidrográficas do rio Santa Maria, no Rio Grande do Sul; do Vale do Araguaia e do Planalto Central de Goiás, no estado de Goiás, e do polo de irrigação do Oeste da Bahia. A próxima reunião da Comissão Nacional de Irrigação deve ocorrer no dia 14 de maio.