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A China, o mercado do Pacífico e uma possível nova moeda

Gerson Brasil, Secretário de redação

Vou deixar de lado um pouco a questão da pandemia, isto porque o vírus é surpreendente e está infectando quem já está vacinado e o Ômicron seu próprio jato hipersônico e disputa com Deus a onipresença. Vou tratar de outra coisa importante e que diz respeito à aliança que a China está consolidando no Pacífico, ignorando um bloco que atua no mesmo espaço formado por Peru, México, Colômbia e Chile.

Em 1929, 44 países, entre eles o Brasil, fizeram um acordo de livre comércio que resultou na maior expansão experimentada pelo capitalismo, com o dólar sendo referência das trocas comerciais. Continua até hoje, e de um poder de fogo invejável aos Estados Unidos.

Em primeiro de janeiro de 2002, entrou em circulação a maior criação dos europeus depois do Renascimento: o euro. São 19 países que vivem sob a moeda, com PIB de 13,4 bilhões de euros. Os Estados Unidos desfila com 20,94 trilhões de dólares.

Essas duas moedas medem o valor dos negócios e os dois bancos centrais, o FED dos Estados Unidos e o Banco Central Europeu, as garantem. Ou seja, um euro é um euro e um dólar, um dólar. Aqui no Brasil, 100 reais  pode valer 45, ou 87, ou 32, depende das conturbações econômicas e políticas. O mesmo acontece com o peso argentino e o Gurani do Paraguai e et al.

A China convenceu 10 países a formarem a RCEP – Regional Comprehensive Economic Partnership (Parceria Econômica Abrangente Regional). Juntos formam um PIB de mais de 20 bilhões de dólares.

Envolve 10 países, como Japão, Austrália, Nova Zelândia, Cingapura, Laos e outros. A moeda chinesa ainda não tem o poder de conversibilidade do dólar e nem do euro, mas, com esse mercado fincando bandeira, há a possibilidade de criação de uma moeda que dispute em pé de igualdade com o dólar e com o euro.

A economia mundial tende a ser tripartite, e quem ficar de fora terá de se submeter às regras do jogo – claro, desfavorável para quem vive de bolivarismo, invencionices e sem moeda.

O Mercosul é a união entre pobres. Fundado em 1991, com o Tratado de Assunção, tem como integrantes Argentina,  Brasil, Paraguai e o Uruguai. Porém só foi efetivado em dezembro de 1994.

O acordo entre a União Europeia e o Mercosul está travado, porque precisa ser aprovado pelo Parlamento de cada país-membro do bloco. E muitos deles reclamam do desmatamento brasileiro e outras querelas. Seria um avanço e tanto para o Brasil, mas estaríamos em boa desvantagem, porque só temos a oferecer minério, soja e suco de laranja. Com o bolivarismo se aproximando, entrará no ar o discurso da soberania nacional. Ou seja, teremos mais afinidades com Venezuela, Nicarágua e outras pungentes economias do que com a União Europeia, EUA, e esse mercado do Pacífico que se avizinha. No Youtube, Quizás, quizás, quizás, com Nat King Cole.

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