Salvador

Átila do Congo lamenta morte motorista por app e cobra medidas do Judiciário: ‘Não aguentamos mais famílias chorando’

Em 2022, quase 600 profissionais foram vítimas de roubo/furtos na Bahia. O ano acumula 6 latrocínios na capital (1), em Simões Filho (1), Itapetinga (1), Feira de Santana (2) e Ilhéus (1)
O vereador e presidente do Sindicato dos Motoristas por aplicativo da Bahia, Átila do Congo (Patriota) lamenta do profissional da categoria, Ednoel Santos Moura, 40 anos, na noite desta quarta-feira (10). O parlamentar cobra medidas do Judiciário para endurecer as penas de suspeitos.
“Não basta a polícia prender se a Justiça deixa a brecha da audiência de custódia para libertar esses bandidos em poucas horas, fazendo com que a vida do crime valha a pena. Estamos cansados de chorar a dor dessas famílias que perdem pais, filhos e irmãos de uma forma tão cruel, enquanto eles trabalham. O caso do nosso amigo, Ednoel, ele foi sequestrado, colocado em uma mala de um carro e morreu baleado em uma perseguição policial. Não posso imaginar a angústia dele naqueles minutos em que ficou à mercê de vagabundos”, brada.
Só este ano, até 01 de agosto, quase 600 profissionais foram vítimas de roubo/furtos na Bahia. O ano acumula 6 latrocínios na capital (1), em Simões Filho (1), Itapetinga (1), Feira de Santana (2) e Ilhéus (1). A média diária é de 2,8 ocorrências policiais envolvendo a categoria.
No mesmo período do ano passado, foram 551 casos de furtos/roubos, uma média de 2,6 de notificações por dia. Quanto aos latrocínios, em 2021, foram dois casos, em Salvador.
Átila lembra ainda que os motoristas por aplicativo representam uma importante força de trabalho, especialmente nas capitais do país, mas são desamparados, além do Judiciário, também pelas próprias empresas que gerenciam as plataformas de mobilidade e pelo Governo Federal. “A insegurança é um infeliz realidade das metrópoles, mas as empresas que insistem em recuar na responsabilidade daqueles que trabalham horas por dia para garantir que o dinheiro chegue ao topo, não oferecem nenhum tipo de resguardo, nada para eles ou os familiares. Não podemos esquecer também do Governo Federal que liberou incentivo para caminhoneiros e taxistas, os motoristas por app ficaram sem nenhuma verba, isso é inadmissível. Precisamos de respeito e apoio”, lamenta.
Saiba mais sobre o caso
Ednoel Santos Moura, 40 anos, exercia a função de motorista por aplicativo desde 2020. Ele foi baleado durante uma troca de tiros entre suspeitos de assalto e a Polícia Militar. O trabalhador foi sequestrado e estava no porta-malas do veículo durante a perseguição policial. A vítima deixa esposa e três filhos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *