Salvador

Baianas de acarajé querem política de saúde pública

Impossível saborear um bom acarajé e não levar de brinde um sorriso largo e muita simpatia da baiana que serve esse quitute típico. Mas o que poucos sabem é que o ofício tem prejudicado a saúde dessas trabalhadoras, que na sua maioria, são mulheres (93%). Dados da Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares do Estado da Bahia (ABAM) revelam que muitos são os casos de doenças inflamatórias e articulares, que surgem naquelas que acumulam muitos anos de função. Especialistas também advertem para o risco prolongado da inalação de fumaça, proveniente da fritura, que pode causar irritação das mucosas do olho e narinas, problemas respiratórios e complicações.
“Estamos tendo um aumento no número de casos de câncer de pulmão e bexiga e precisamos de políticas de saúde pública para atendimento às baianas de acarajé”, alerta a presidente da entidade, Rita Santos, que apresentou a demanda da categoria, durante encontro promovido pelo deputado Rosemberg Pinto, que debateu o futuro do setor cultural na Bahia com essa e outras expressões.   Além da melhoria das condições de trabalho, saúde e bem-estar, foi destacada a importância do incentivo à produção do dendê e apoio a toda cadeia produtiva.
O parlamentar, que disputará a reeleição ao cargo, ouviu os pleitos e se comprometeu a dialogar, junto à secretaria estadual de Saúde (Sesab), propondo uma ação específica para o atendimento dessas trabalhadoras. Em relação à seguridade social, do ponto de vista previdenciário, ele esclarece que precisa de uma regularização nacional e que vai pedir o apoio da bancada federal.
Mais de cinco mil baianas vendem o quitute em todo o estado e cerca de três mil tem seus tabuleiros fixos na cidade do Salvador.

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