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Carnaval de Salvador movimenta R$1,8 bilhão e gera 215 mil empregos

Em 2020, a folia em Salvador vai fazer jus ao tema: “O Carnaval dos Carnavais”. Isso porque a movimentação econômica da festa, de acordo com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), deverá girar em torno de R$1,8 bilhão, decorrente de gastos com itens como hospedagem, alimentação e serviços, além de gerar 215 mil postos de trabalho temporários. Os números foram divulgados pelo prefeito ACM Neto durante coletiva realizada nesta quinta-feira (6), no Wish Hotel da Bahia, no Campo Grande, para apresentação dos serviços municipais e atrações da folia.

O prefeito salientou que o investimento total na festa deverá ser de R$60 milhões em dez dias de folia (contando o pré-Carnaval), sendo R$20 milhões em recursos municipais e os R$40 milhões restantes decorrentes do patrocínio da iniciativa privada, captados pela Prefeitura. Este ano, os principais patrocinadores são as empresas Ambev, através da marca Skol Puro Malte, a Veloe e a Hapvida. “Essa é uma festa empregadora, geradora de renda e que movimenta a economia da cidade o ano inteiro e não apenas nos dias de folia”, afirmou ACM Neto.

Mais números – Os 215 mil postos de trabalho temporários estarão distribuídos em até 40 áreas de atuação em mais de 50 setores da economia. Somente na montagem, desmontagem e operação de estruturas para a folia, a exemplo dos camarotes, serão 20 mil vagas. No ramo artístico, ligado à indústria do espetáculo, serão 10 mil vagas e, na hotelaria, 1,7 mil. No setor público, a Prefeitura terá 10 mil colaboradores atuando na organização da festa, dentre alguns exemplos.

Dos turistas que vão chegar a Salvador no Carnaval, 435,8 mil são do interior da Bahia e 331,5 mil de outros estados, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais e Distrito Federal. Também desembarcarão na capital baiana 86,2 mil estrangeiros, oriundos principalmente da Argentina, França, Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Inglaterra.

Sustentabilidade econômica  – Ao ser questionado sobre a sustentabilidade da folia ao oferecer atrações em trios pipoca com recursos públicos, o gestor enfatizou que o Carnaval de Salvador é o mais democrático do país, por ter as melhores atrações desfilando sem cordas. “Estamos gastando menos da metade da festa com recursos públicos e as principais atrações desfilando sem cordas. O lugar que proporcionalmente gasta e investe menos (com recursos públicos) é Salvador, pois tem vários blocos de trio que continuam desfilando”.

O prefeito também completou que o Carnaval é uma festa que precisa ter conteúdo e as atrações sem cordas são uma demanda do próprio povo. “A gente democratiza, permite que o sujeito que está desempregado, ou que é assalariado, possa curtir o trio de Léo Santana, de Claudinha Leitte, do Harmonia, de Saulo, ou seja, isso era um sonho das pessoas que jamais poderiam comprar um abadá. Enfim, a Prefeitura conseguiu montar um modelo que possui uma grande capacidade de sustentação, porque mais da metade da festa é bancada com recursos privados, coisa que não existia em 2013”, finalizou ACM Neto.

Foto: Max Haack/Secom

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