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Carnaval tem queda de 22% nos casos exploração de trabalho infantil

A exploração do trabalho infantil no Carnaval de Salvador apresentou queda de 22,2% na folia deste ano em comparação a 2019. De acordo com a Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), foram registrados 171 casos em 2020, contra 220 no ano passado até o último dia de festa. Houve ainda um aumento de 18,8 % na quantidade de abordagens sociais realizadas pela pasta, contabilizando 20,2 mil ações neste ano, ante as 17 mil em 2019.

Para a titular da Sempre, Ana Paula Matos, a queda é resultado do trabalho preventivo desenvolvido. As equipes visitaram, por exemplo, as centrais de distribuição de licenciamento e conversaram com os ambulantes sobre os malefícios do trabalho infanto-juvenil.

“Fizemos também parceria com as centrais de catadores porque percebemos que muitas crianças estavam sendo utilizadas pelos pais para catar latinhas. Demos aos catadores um espaço de convivência, onde eles tiveram direito a refeição e local para descanso. Em contrapartida, pedimos que eles não levassem as crianças para os circuitos”, explicou.

Ainda conforme a gestora, a Sempre ampliou a quantidade de equipes de abordagem de 35 para 41, com o intuito de atender também o Carnaval nos Bairros, onde muitas crianças trabalhavam como catadoras. “O trabalho infantil não pode ser naturalizado. Nós conseguimos encaminhar 488 crianças e adolescentes para seus lares, além de 272 para os centros de acolhimento”, finalizou a secretária.

Identificação – Outra ação desenvolvida pela Prefeitura para garantir a segurança dos pequenos foliões foi a distribuição de pulseira de identificação. A ação preventiva ficou a cargo da Guarda Municipal de Salvador (GCM) e também da Sempre. Até ontem (24), 32.755 crianças foram identificadas pela Guarda e não houve nenhuma ocorrência de criança perdida neste Carnaval.

O público assistido teve direito a seis refeições diárias, atividades lúdicas, estrutura para higiene e dormida, além de contar com uma equipe multidisciplinar com 50 profissionais que se revezaram em turnos.

Foto:Jefferson Peixoto/Secom

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