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Código para denunciar violência doméstica poderá funcionar em Salvador

A medida visa amparar as mulheres que estão em quarentena com os agressores em meio à pandemia do coronavírus

Com a quarentena para evitar a proliferação do coronavírus em Salvador, e com o contato social reduzido, as mulheres que são vítimas de violência doméstica não encontram alternativa para denunciar as agressões. No intuito de reduzir os impactos desse tipo de crime, a vereadora Marcelle Moraes indicou o projeto que cria o código “Máscara Vermelha” para denunciar os casos.

De acordo com o texto, as farmácias da capital baiana devem estar atentas, quando receberem uma chamada solicitando uma “máscara vermelha”, nesse momento, o farmacêutico informará que não dispõe do produto e em seguida recolher os dados da “cliente/vítima” para repassá-los à linha 180, canal de denúncias de assédio e violência contra a mulher.

“É histórico e característico que o agressor seja na maior parte das vezes, uma pessoa da família ou então muito próxima. Por isso, durante a quarentena, estamos reforçando os mecanismos que amparem mulheres que estão passando por essa situação”, esclareceu Marcelle.

Dados

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos informou que a quarentena gerou um aumento de quase 9% no número de ligações para o canal Ligue 180, que recebe denúncias de violência contra a mulher: entre os dias 1° e 16 de março, foram 3.045 ligações e 829 denúncias; já entre os dias 17 e 25 de março, esses números saltaram para 3.303 e 978, respectivamente.

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