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Com Pix e Open Banking, quais devem ser as próximas tendências do Banking as a Service?

Por Francisco Carvalho*
O Banking as a Service (BaaS) é uma solução que permite que um banco preste serviços a alguma empresa que não seja uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central, permitindo que as mesmas possam realizar operações que sejam exclusivas de tais instituições como operações de crédito, contas digitais, oferta de investimentos entre outros, para seus clientes, fornecedores e/ou colaboradores.
Esse serviço, somado aos avanços tecnológicos, vêm permitindo que diversas empresas utilizem o BaaS e viabilizem novos negócios dentro de seus ecossistemas ou empreendam novas oportunidades, em até 30 dias com baixo investimento inicial.
O BaaS, pode oferecer soluções completas, de acordo com às necessidades de cada parceiro, contribuindo com soluções de tecnologia, complemento de serviços de BPO (Business Process Outsourcing, termo que designa a terceirização de processos de negócios), gestão de crédito, cobrança, estruturação, captação e gestão de Fundos e outros veículos de investimentos.
Impactos do Pix e do Open Banking no BaaS

Os dois lançamentos, Pix e Open Banking, podem ser considerados um fenômeno, duas inovações muito importantes no setor. O Pix já ganhou uma enorme tração e ainda vai trazer muitas novidades como subprodutos na área de cobrança, por exemplo.

O mercado financeiro está passando por uma série de mudanças, neste sentido, o Banking as a Service está aquecido em todo o mundo e o crescimento desse modelo de negócio tem como pano de fundo o open banking que aqui no Brasil ainda está começando. Ele tem como objetivo aumentar a concorrência no setor financeiro, uma vez que qualquer empresa poderá acessar os dados dos clientes e estarão em igualdade de condições com bancos maiores. Ou seja, para o cliente, o benefício é, se ele tiver um bom histórico bancário, poderá conseguir condições melhores para um empréstimo, financiamento ou qualquer outro serviço.
O serviço vai trazer uma igualdade de condições para todo mundo, entre as instituições financeiras. Sendo que a tendência dos próximos anos é uma adesão consistente da população ao open banking pois o brasileiro está aberto a aderir inovações.
Vale recordar que por muitos anos serviços financeiros foram relacionados à burocracia e não colocavam o cliente final como principal foco. Com a inserção da tecnologia no mundo corporativo, especialmente no modelo de fintechs, esse quadro começou a mudar e está se acelerando.
Hoje, o que vemos é uma completa transformação digital que apresentou novas formas de lidar com as nossas finanças. A pandemia acelerou esse processo e demos passos importantes em busca de uma revolução financeira.
A tendência que vemos no Banking as a Service é que todo mundo está querendo cada vez mais explorar o máximo de relações possíveis dentro do seu ecossistema. O mercado é enorme e tem muito espaço para novos entrantes, de várias formas para convivência harmônica e construtiva entre as fintechs e bancos tradicionais, sejam grandes ou não. E quem irá se beneficiar disso tudo seremos todos nós, os consumidores.
*Francisco Carvalho é CEO e fundador da Zipdin

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