Salvador

Descumprimento de legislação por parte da Intermarítima pode ter contribuído para morte de passageiro em ferryboat

De acordo com legislação municipal vigente, oferta de desfibriladores em ambientes de grande circulação é obrigatório

O ferryboat foi mais uma vez cenário de uma tragédia. No final da tarde desta segunda-feira (27), homem morreu após se sentir mal dentro da embarcação que faria a travessia da Ilha de Itaparica para Salvador. O fato chamou a atenção para um grave problema no transporte marítimo: a falta de desfibrilador.
De acordo com o Projeto de Lei 326/2019, aprovado pela Câmara de Salvador e sancionado pelo então prefeito ACM Neto em abril de 2020, ambientes privados com alta circulação ou permanência de pessoas, como hospitais, shoppings centers e o ferryboat são obrigados a disponibilizar o Desfibrilador Externo Automático (DEA).
A legislação prevê ainda a imposição de multa de R$10 mil, renovada mensalmente, até a constatação de que cessou o ato de infração, pelo descumprimento do ordenamento.
Autor do projeto que regulamenta a obrigatoriedade do aparelho em ambientes privados no município, o vereador Joceval Rodrigues (Cidadania) cobrou providências dos órgãos responsáveis medidas enérgicas contra a Internacional Travessias, empresa que administra o sistema ferryboat, pela falta do equipamento. O equipamento é fundamental para aumentar as chances de sobrevivência em casos de mal súbito.
“A Intermarítima continua descumprindo uma lei e precisamos fazer com que vidas sejam protegidas. O DEA é capaz de restaurar o ritmo cardíaco, possibilitando às vítimas de parada cardíaca chances reais de sobrevivência. Essa negligência da Internacional Marítima é inadmissível. Nesse episódio, em específico, a disponibilidade do equipamento poderia ter dado um desfecho diferente. É necessário que a administradora do sistema seja responsabilizada pelo descumprimento da lei municipal que está em vigência desde 2020”, explicou o vereador.
Em janeiro desse anos, outro homem de 54 anos morreu depois de sofrer um mal súbito a bordo do ferryboat Ivete Sangalo, logo após iniciar a travessia da Ilha de Itaparica para Salvador.

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