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Dinailton recebe apoio de pré-candidata à OAB-BA

Ativista Social em direitos humanos e presidente da Associação Baiana de Advogados Civilistas, D´jane Silva anunciou, em evento semipresencial, na noite de quarta-feira (15), em Salvador, a desistência da pré-candidatura à presidência da OAB-BA e a adesão à campanha do ex-presidente da Ordem (2004 a 2006), Dinailton Oliveira. Uma das fundadoras do Movimento Nacional a Ordem é dos Advogados (MOA), pela inclusão da advocacia, ela declarou: “Vamos juntos nessa caminhada. O momento é de romper com grupos, de ultrapassar barreiras, de estar com quem sabe lutar por um Judiciário estruturado e por uma OAB independente, que defenda de fato as prerrogativas dos que realmente advogam”.

D´jane, que iniciou a carreira jurídica há 15 anos, quando Dinailton era presidente da Ordem, fez questão de dar seu testemunho e justificar a decisão de apoiar o pré-candidato à reeleição. “Eu sei bem a diferença ocorrida na OAB de lá para cá. Há uma insatisfação muito grande na categoria com os rumos da nossa entidade, que precisa ser independente. Eu já busquei da minha instituição a garantia constitucional das nossas prerrogativas e não encontrei amparo. Meu pedido foi simplesmente arquivado. Agora, o grupo que está na direção fala em rompimento, mas não vemos os avanços prometidos”, criticou.

OAB elitista

Dinailton Oliveira agradeceu pela confiança e garantiu que pretende devolver à OAB-BA a independência que a entidade precisa para reeditar a luta pela reestruturação do Judiciário, `JustiçapraValer´, que marcou seu mandato. O movimento mobilizou todas as regiões do estado e conseguiu sensibilizar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a assinar um convênio com os três poderes para levantar as deficiências para a prestação jurisdicional na Bahia. O saneamento não vingou porque a própria diretoria da Ordem, que o sucedeu, arquivou o convênio.

A motivação para voltar a disputar a presidência da Ordem, segundo Dinailton, “é representar os profissionais que vivem e sobrevivem da advocacia”. E completou: “A OAB é uma instituição vital para o respeito às prerrogativas dos advogados e não podemos continuar como carneiros, que morrem sem gritar. Chega de passividade, a OAB hoje é elitista, só defende interesses pessoais. Essa divisão que vemos aí é só para a eleição, depois voltam a se reunir. Esse é o jogo e não nos representa”.

Memória

Os advogados Wadih Habib e Edson Góes fizeram uma retrospectiva da Gestão Dinailton, marcada pela defesa das prerrogativas, da inclusão e do acolhimento à diversidade, incluindo a criação da primeira Comissão de Defesa dos Advogados Afrodescendentes, o que inspirou a OAB-Nacional a adotar colegiado semelhante, assim como as comissões do Advogado Iniciante, do Meio Ambiente e a de Educação, Cultura, Esporte e Lazer. “Foi uma gestão baseada em critérios éticos, testada e aprovada. O que temos hoje é um quadro sinistro, apagaram até o HD com a história, a memória da entidade”,  frisou Edson.

O evento semipresencial, realizado em auditório do Salvador Shopping Business, respeitou todos os protocolos de segurança contra a Covid-19, com 30 advogados presentes, todos usando máscara, e dezenas acompanhando e podendo se manifestar pela live, transmitida ao vivo pelas redes sociais do pré-candidato. Se pronunciaram, ainda, as advogadas Jurema Sapucaia e Verônica Medrado e os advogados Milton Gomes, Odilon Góes e Romário Gomes.

Foto: Antonio Queirós/Divulgação

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