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Janeiro Roxo: Lauro de Freitas reforça importância do diagnóstico e tratamento da hanseníase

A Prefeitura de Lauro de Freitas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SESA), intensifica neste mês de janeiro suas estratégias e ações para reforçar a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado da hanseníase, doença que antigamente era conhecida como lepra. Causada pela bactéria Mycobacterium Leprae, pode afetar pessoas de qualquer faixa etária, atingindo a pele, olhos, nariz e nervos periféricos. Os sintomas incluem manchas claras ou vermelhas na pele, com diminuição da sensibilidade, dormência, fraqueza nas mãos e nos pés. Caso não seja tratada, pode gerar incapacidades permanentes.

Durante a campanha do Janeiro Roxo, o Centro de Testagem e Aconselhamento e Serviço de Atendimento Especializado (CTA/SAE) de Lauro de Freitas, localizado no bairro de Vila Praiana, referência no tratamento da doença, está ampliando seus atendimentos e divulgação dos serviços prestados. No local, as pessoas são assistidas de forma contínua, com testagens, consultas e disponibilidade de medicamentos.

A dermatologista do programa de Hanseníase do município, Andréa Rebouças, ressalta a importância da população estar atenta aos pequenos sinais e buscar tratamento com brevidade para evitar a deficiência. “O tratamento é todo fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com medicações padronizadas para uso via oral. Aqui em Lauro, as pessoas podem ser acompanhadas nos postos de saúde. Os casos que precisam de um acompanhamento mais especializado, são encaminhados para o CTA. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor. Por isso, é importante que todos procurem atendimento médico, quando perceberem qualquer mancha no corpo ou lesão. A hanseníase é uma doença crônica. Não mata, mas pode causar deformidades dos membros”, relatou.

Os casos mais leves de hanseníase têm tratamento de seis meses e os mais avançados têm duração de um ano.  O acompanhamento é feito por uma equipe multiprofissional com dermatologistas, fisioterapeutas, neurologistas e ortopedistas. Liliane Sá Reis, 44 anos, já teve a doença três vezes. A mais recente infecção está sendo tratada no CTA. “O atendimento aqui é maravilhoso. Quando eu era jovem, tinha que me deslocar até o Hospital das Clínicas, porque só era possível fazer esse tratamento lá. Tinha todo um transtorno com transporte. Agora, foi tudo mais fácil. Esse Centro perto da minha casa ajudou muito. A equipe é super atenciosa. Só tenho a agradecer”, disse.

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