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Janeiro Roxo: sala de espera alerta pacientes e acompanhantes sobre os sinais da hanseníase

As equipes de enfermagem do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) e do Centro de Referência de Tuberculose e Hanseníase de Lauro de Freitas percorreram as Unidades de Saúde da Família (USF) na manhã desta quinta-feira (26), para realizar palestras nas salas de espera e tirar dúvidas da população sobre a hanseníase. A doença pode acometer pessoas de todas as idades atingindo a pele e os nervos periféricos, com alto poder incapacitante.

A iniciativa encerra as atividades da Campanha Janeiro Roxo no município. De acordo com a enfermeira do CTA, Flaviana Freitas, atualmente cerca de vinte pessoas estão em tratamento no equipamento. “O fluxo de atendimento recebe a demandas espontâneas, ou seja, se a pessoa notar manchas na pele com pouca sensibilidade ao toque, pode se dirigir a um das USF ou no CTA, localizado na rua José Martins Bittencourt na Vila Praiana, para realizar o diagnóstico e tratamento”, explicou.

A doença, uma das mais antigas registradas na humanidade, tem cura e todo tratamento é dispensado pelo SUS através de antibióticos e pode durar de seis meses a um ano. O contágio ocorre por meio de um contato próximo, íntimo e prolongado, com a pessoa infectada, portanto, muito frequentemente os doentes são encontrados nas mesmas famílias, e é provável que a transmissão tenha ocorrido pelas vias aéreas.

Além de realizar o atendimento aos pacientes na unidade, os técnicos fazem a busca dos contatos. O trabalho minucioso com triagem entre os familiares para verificar se houve transmissão da doença nas pessoas que convivem com o paciente infectado reagente. “Logo após as primeiras doses o paciente deixa de ser transmissor da doença, por isso a importância do diagnóstico precoce”, disse Flaviana.

Atenta às informações passadas na palestra, a aposentada Gildete Freitas, de 72 anos, contou que na rua em que reside, no bairro de Portão, seu vizinho foi diagnosticado com hanseníase. “Ele ficou recluso por um bom tempo com receio das pessoas o hostilizarem. Mas após iniciar o tratamento logo ficou bom. Abordar a doença nas unidades é muito importante, às vezes a gente tem uma mancha e não sabe o que é”, disse.

Texto – Giovanna Reyner

Foto – Lucas Lins

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