Salvador

Liderança da Oposição comenta sobre desrespeito de Bruno Reis e rejeição de Emendas

Em Sessão Ordinária realizada na tarde dessa segunda-feira (12), as co-vereadoras Cleide Coutinho e Laina Crisóstomo da mandata coletiva Pretas Por Salvador (PSOL/BA) comentaram sobre a falta de respeito demonstrada pelo prefeito Bruno Reis para com a população soteropolitana, considerando a gestão “perversa” e “sem diálogo”. Além disso, as parlamentares dialogaram sobre a rejeição das duas Emendas que estão relacionadas ao Projeto de Lei nº 142/2023.

As Emendas rejeitadas nessa tarde se somariam ao PL que dispõe sobre o reajuste dos vencimentos dos servidores do magistério público ativos e dos proventos dos inativos e pensionistas. A primeira, se caracteriza como Emenda Modificadora e propõe ao invés de um ajuste de 8% para o piso salarial dos professores um acréscimo de 20% de modo que acompanhe o valor do piso nacional. Já a segunda sendo * Emenda Supressiva* prevê a eliminação do artigo 15, esse que determina a criação de novos cargos comissionados prejudicando o desenvolvimento da carreira de profissionais concursados, e impedindo a criação de novas vagas efetivas.

“Nós propusemos enquanto mandata mas juntamente com toda oposição uma proposta de reajuste de 20% porque foi esse o pedido da categoria e a gente está aqui pra defender uma educação pública de qualidade porque não dá pra ficar colocando dinheiro nos programas Pé na Escola e Primeiro Passo, quando não se pensa na construção do que é o serviço público, que é o trabalho de continuidade, que é pensar na educação que seja de criticidade, que verdadeiramente pense a cidade, as pessoas, e faça acolhimento”, questionou Laina.

A professora da rede municipal de ensino, Taiana Lemos também falou sobre a pauta.

”Nossa campanha salarial não foi encerrada, embora o executivo municipal tenha apresentado um PL sob a justificativa de que há um acordo ou há uma finalização, nessas mesas de negociação. Nós estamos aqui pra dizer que não há acordo, não houve acordo até então, nós não aceitamos a proposta de reajuste salarial de 8%. Porque nós temos um déficit de 68% acumulados aí a cerca de dez anos. Nós estamos tentando negociar exatamente durante todo esse período e não temos sucesso”, destacou ela.

Os questionamentos da mandata fomentam a insatisfação da categoria que também estão descontentes com as medidas adotadas pela atual gestão da cidade, Laina ainda destacou que o prefeito defende a “privatização de tudo”. Nessa mesma tarde os profissionais da educação realizaram um ato em frente a Casa Legislativa exigindo a garantia de direitos e melhores condições de trabalho.

“A gente precisa ajustar essas ausências de informações, se o município necessita desses funcionários que se aplique medidas que contribuam para a rede municipal. Se a decisão da categoria for por paralisação nós estamos aqui para apoiá-los. Estamos desde sempre se colocando à disposição para com esses profissionais, construímos essas duas emendas, mas infelizmente não passou. É muita incoerência da gestão quando se cria cargos comissionados, mas se nega um aumento de 20%”, salientou Cleide Coutinho.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *