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O Emprego acabou! Cooperativismo é a ferramenta de inclusão social

A crise moral, política, econômica e social predominante no Brasil, são fatores do elevado grau de desemprego. O Emprego acabou! O Cooperativismo é a ferramenta de inclusão social. O cenário do Século XXI é do conhecimento, da ousadia, do empreendedorismo e do profissionalismo. O problema é que a maioria não quer perceber essa realidade.

Assim como ocorreu com relação entre o senhor e escravo, também se tornou obsoleta a relação entre patrão e empregado, ou entre chefe e subordinado, que caracterizou a Era Industrial.  Para sobreviver, o homem agrupou-se em pequenas tribos e, a partir daí, percebeu que ao fazer as coisas em conjunto conseguia melhores resultados pelos seus esforços.

Desde o início, ainda no tempo das cavernas e da caça, onde homens e mulheres viveram cerca de 30 mil anos, a cooperação era a base do desenvolvimento da humanidade. Com a convivência a comunicação se expandiu facilitando a realização de tarefas como se alimentar, se proteger do frio e dos ataques dos animais selvagens. As pessoas aprenderam a caçar com armas feitas de pedras, bem como a dominar o fogo e a cozinhar.

A força associativa entre os homens demonstrou-se cada vez mais transformadora. Primeiramente construíram casas de barro, que deram lugar a lugarejos e, mais tarde, cidades – as pirâmides erguidas no Egito, cerca de seis mil anos atrás, simbolizam esse poder do trabalho coletivo que move o homem através dos tempos.

Neste percurso, até hoje por lutas e guerras, os povos acumularam conhecimento, poder e riqueza. Em suas singulares civilizações homens e mulheres mantiveram uma conduta comum: organizaram-se para viver coletivamente, seguindo normas e desenvolvendo suas relações sociais, produtivas e culturais tanto dentro do seu próprio território como com as outras nações do planeta.

Para intermediar essas relações foi criado o Estado, que tem como principal finalidade regular o convívio social a partir das leis existentes, contribuindo assim, para a realização dos interesses da maioria. Nesse processo, determinado por vários fatores, as sociedades evoluíram de forma diferenciada, o que faz com que países desenvolvidos e outros, a maioria, subdesenvolvidos. Essas características são indicadas pelas condições de vida da população, sua participação na gestão política do país, nas atividades produtivas e no usufruto de suas riquezas.

A prosperidade de uma nação tem relação com o nível de educação de seu povo, que, ao conhecer suas chances e oportunidades de participação, se organiza para viver numa sociedade que garanta a todos o direito à vida, à liberdade e à prosperidade.

A vida de cada pessoa inegavelmente faz parte dessa evolução. É importante perceber, como resultado da história, a nossa própria trajetória, onde as relações com a família, amigos e vizinhos acontecem. Precisamos estar atentos e vigilantes no mundo que nos cerca e exercitar o sentimento de pertencer à sociedade, optando como dela participar e o que nela desejamos modificar.

A sociedade organizada tem o poder de transformar-se mediante as decisões e ações de seus membros, essa é a dinâmica para superar seus limites. A organização das pessoas, sua união para solucionar necessidades comuns e conseguir melhores condições de vida, determina o desenvolvimento de uma nação. Nesse sentido, vários são os exemplos em que o cooperativismo permitiu a conquista de direitos sociais, culturais, econômicos e políticos.

Essa evolução social com organização e participação, juridicamente estabelecido pela Lei 5764/71, pode conquistar empreendimento para uma sociedade onde direitos e deveres caminham juntos democraticamente sem patrão. O emprego acabou! Cooperativismo é a solução. O cooperativismo é a ferramenta adequada para geração do trabalho, da renda, da produtividade, do aumento de arrecadação de tributos para os municípios, estados e União e para a permanência do homem na sua região.

As empresas não mais necessitam de grandes exércitos de mão-de-obra braçal, animalizada pelo trabalho repetitivo. Tampouco podem conviver com a ociosidade, pois o ócio é uma forma ainda pior de animalização do Ser Humano. As empresas necessitam de pequenas Equipes eficazes, contributivas, flexíveis e ágeis, constituídas por pessoas capacitadas a atuar no local e no momento certo, em busca de o que é importante e do que faz diferença para o Cliente.

A verdade é que o “Coronel da indústria” e o “Trabalhador braçal” deixaram de ser os principais protagonistas da Economia, ambos cederam lugar à pessoa de conhecimento.

A Pessoa de conhecimento é aquela que domina um ou mais campos de saber e que se comporta como Empresário de seu próprio intelecto. O futuro do Brasil passa pelo cooperativismo com a evolução social, organização e participação do cidadão. O movimento cooperativista teve início na Inglaterra, no século XIX, na Revolução Industrial em 1844, na cidade de Rochdale Manchester no interior da Inglaterra. Os 7 princípios do Cooperativismo: 1 – Adesão livre e voluntária 2 – Gestão democrática 3 – Participação econômica 4 – Autonomia e independência 5 – Educação, formação e informação 6 – Intercooperação 7 – Interesse pela comunidade.

O art. 5º Inciso XVIII da Constituição Federal, TÍTULO II – DOS DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS, define que: “a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento”.

Alderico Sena – Especialista em Gestão de Pessoas, Membro Fundador e Superintendente do SESCOOP – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo da Bahia e da OCEB – Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia- www.aldericosena.com 

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