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Palco do Rock atrai turistas e mostra força do ritmo em plena folia de Salvador

Estamos no Carnaval de Salvador, mas por aqui nada de confetes, serpentinas, fantasias ou abadás de blocos. Fora do circuito tradicional da folia, no Palco do Rock, em Piatã, predominam roupas pretas, solos de guitarras e muita atitude. A festa acontece no local até terça-feira (25) e já se consolidou como um dos principais eventos do gênero no país. Este ano, o espaço presta homenagem a André Matos, cantor, compositor, maestro, produtor e pianista brasileiro morto ano passado. André foi vocalista das bandas Viper, Angra e Shaman.

De acordo com Sandra de Cássia, organizadora do evento, o público é composto não só por baianos, mas por pessoas de diversos estados. “Com 26 anos de existência, o Palco do Rock já é um espaço definido e importante para o segmento. Ontem (22), durante a abertura, recebemos pessoas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte”, revelou.

Mas também tem soteropolitano que mora relativamente perto do palco, mas sai de casa no Carnaval e, literalmente, monta acampamento no local onde acontece o evento. Esse é o caso do técnico hidráulico Roque Ramos, 46 anos, e sua esposa, Sandra Guimarães, 43.

Assim como Roque, na noite de hoje dezenas de pessoas ocupavam cerca de 50  barracas armadas na área verde do coqueiral de Piatã, que fica a menos de 100 metros do palco. Morador de Fazenda Grande 2 e frequentador assíduo da festa desde seu surgimento, na década de 1990, ele revelou que prefere acampar do que ir e voltar todos os dias. “Estar aqui é bom para tirar o estresse, sair da rotina. O rock é como uma tribo e no Carnaval esse é nosso acampamento”, afirmou.

Mas nem só de veteranos vive o reduto de roqueiros na folia de Momo. A estudante Caroline Oliveira, 17, curtiu os shows sozinha pela primeira vez neste domingo. Desde os 13 anos, a jovem frequenta o local com o pai e irmão. “Toda a minha família tem essa cultura do rock. Por isso, aqui eu me sinto em casa, e o Carnaval tem que ter essa diversidade, tem que reunir todas as culturas”, disse.

Foto: Inácio Teixeira/Secom

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