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Pediatria baiana reforça campanha para reduzir índices de gravidez na adolescência

Cerca de 380 mil crianças nascidas no Brasil, em 2020, foram geradas por mães adolescentes com idade entre 10 e 19 anos, sendo 30% delas da região Nordeste. Os dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos apontam para um cenário preocupante que a Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alertam nas redes sociais durante a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência (1 a 7 de fevereiro).

“Engravidar tem hora. E não é agora”, estampa o mote da Sobape. Já a SBP chama atenção para a responsabilidade coletiva da sociedade em “ampliar e qualificar o debate sobre gravidez precoce”, além de cobrar políticas públicas que fortaleçam a prevenção.

O objetivo da campanha é reduzir esses indicadores e também conter as ocorrências de infecções sexualmente transmissíveis nessa faixa etária. Em 2019, mais de 19 mil meninas entre 10 e 14 anos, e 390 mil entre 15 e 19 anos engravidaram no Brasil, de acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS).

A pediatra e hebiatra da Sobape, Sandra Plessim, especialista no atendimento a adolescentes, destaca a importância da família no processo de educação sexual dos filhos, com esclarecimento de dúvidas e abordagem sobre benefícios e riscos do exercício da sexualidade, dos métodos contraceptivos e principalmente sobre os impactos que uma gravidez precoce e não planejada pode causar.

Além dos aspectos físicos, as adolescentes que assumem a maternidade enfrentam consequências emocionais e sociais, que na maioria das vezes comprometem o rendimento escolar e, consequentemente, o ingresso no mercado de trabalho.

Uma vez ocorrendo a gestação, a especialista pontua que a responsabilidade deve ser igualmente compartilhada com os jovens envolvidos, que agora precisam de uma rede de apoio não só para não abandonar os estudos, como também para saberem como proceder nos cuidados clínicos desde o pré-natal até o nascimento da criança.

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