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Prefeitura restringe funcionamento de bares, restaurantes e lojas de conveniência

 
Novas medidas para conter o avanço do coronavírus em Salvador foram anunciadas hoje (23) pelo prefeito ACM Neto, em coletiva realizada durante o lançamento da campanha de vacinação contra a Influenza, na unidade de saúde Clementino Fraga, na Avenida Centenário. Entre elas está a proibição de atividades sonoras nas ruas e a restrição no funcionamento de bares e restaurantes, que não poderão, a partir de quarta-feira (25) e por um período inicial de 15 dias, servir alimentos ou bebidas dentro dos estabelecimentos. 
 
“Nós temos adotado medidas duras, que provocam transtornos na vida das pessoas, mas cujo objetivo é essencial: evitar aglomerações. Durante o final de semana, tivemos a compreensão dos cidadãos em geral e dos empresários, que mantiveram shoppings fechados e as praias vazias. Mas recebemos denúncias e presenciamos cenas preocupantes de muitas pessoas reunidas em praças, em bares e equipamentos esportivos. Por isso, achamos necessário adotar novas medidas de contenção”, explicou ACM Neto, que estava ao lado do vice-prefeito Bruno Reis e do secretário municipal de Saúde, Leo Prates. 
 
Os bares e restaurantes só poderão funcionar se for para entregas delivery ou se o cliente fizer o pedido por telefone e se dirigir ao estabelecimento apenas para retirar o alimento. “Os salões de convivência estarão interditados”, disse o prefeito. No caso das lojas de conveniência dos postos de gasolina, a regra é a mesma dos bares e restaurantes, além de ficar proibida a comercialização de bebidas alcoólicas avulsas dentro desses estabelecimentos. Quem descumprir as determinações estará sujeito a interdição e perda de alvará de funcionamento.
Atividades sonoras –  ACM Neto anunciou a proibição de qualquer atividade sonora na cidade. “Não pode ter carro de som, exceto para utilidade pública. Também não pode som na mala de carro, que costumam formar aglomerações. Vamos apreender esses equipamentos sonoros sempre que necessário. O momento é de ficar em casa. 
 
 
Mercados municipais – O prefeito determinou ainda o fechamento dos mercados administrados pela Prefeitura que não comercializam produtos de primeira necessidade. A partir de quarta, fecham temporariamente as portas os mercados municipais de Itapuã, Cajazeiras, Bonfim, Liberdade e das Flores (Largo Dois de Julho).   
 
Obras e academias em prédios – Outra determinação é que fica proibido, também a partir de quarta, obras civis em condomínios já habitados, exceto as emergenciais. Isso vale, inclusive, para aquelas que estão em andamento. “Queremos reduzir o fluxo de pessoas dentro dos condomínios”, explicou o prefeito. Por conta disso, as academias que funcionam dentro de condomínios devem suspender suas atividades a partir desta quarta-feira, por um período inicial de 15 dias corridos. 
 
Apoio da PM – ACM Neto disse, na coletiva, que pediu hoje ao governador Rui Costa o apoio da Polícia Militar na fiscalização do cumprimento dos decretos que visam restringir a circulação de pessoas na cidade. “Queremos fazer rondas em campos de futebol, praças, quadras e templos religiosos. Onde encontramos aglomerações, vamos retirar as pessoas. A Prefeitura não tem como fiscalizar tudo sozinha”, disse o prefeito, lembrando que o município já lançou uma ampla campanha na mídia para orientar o cidadão e 100 carros de som vão disseminar mensagens de conscientização pelos bairros.
 
Empregos – O prefeito voltou a dizer que está preocupado com os empregos das pessoas e a situação econômica da cidade, mas repetiu que a prioridade é salvar vidas. Ele disse que cabe sobretudo ao governo federal a adoção de medidas na área econômica. “A depender de quanto tempo essa crise vai durar, a Prefeitura pode, inclusive, ser obrigada a suspender obras e definir um novo esquema de pagamento de fornecedores e servidores. Entre os entes federativos, somos o elo mais fraco. O governo federal é a ponta mais forte e deve liderar iniciativas na área econômica”, afirmou. 
 
Entretanto, ACM Neto disse que a Prefeitura poderá dar sua contribuição para minimizar os impactos da crise na economia em Salvador “se houver condições de dar”. “Primeiro tenho que garantir a ampliação dos gastos na saúde, que vamos precisar e estamos fazendo. Em segundo, temos que cuidar das pessoas mais pobres, que estão mais vulneráveis, ampliando a assistência social. E, em terceiro lugar, tenho que manter a Prefeitura funcionando, mesmo que apenas nas atividades essenciais. Depois disso pensamos na questão econômica”. 
Fotos: Valter Pontes/Secom

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