Salvador

“Preservar a memória é fundamental para desconstruir o racismo estrutural”, diz Ireuda Silva em artigo

Em sua coluna mensal publicada no “Nexo”, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente do colegiado de Reparação, Ireuda Silva (Republicanos), defendeu a preservação da memória no combate ao racismo.

“Trata-se de uma estratégia inversa ao que a discriminação racial vem fazendo nos últimos séculos: apagar da memória da sociedade eventos e nomes ligados a pessoas negras, de modo a perpetuar um sistema excludente, em que a exclusão é baseada na cor da pele. Quantos escritores, artistas, inventores, cientistas, ativistas, políticos e professores negros, muitos dos quais mulheres, foram sendo esquecidos ao longo da história?”, questiona no artigo.

De acordo com a republicana, “graças aos nossos esforços, hoje em dia tem se falado cada vez mais no nome de Maria Felipa, marisqueira da Ilha de Itaparica que contribuiu para o processo de independência da Bahia e do Brasil, no século XIX. No entanto, só agora estamos resgatando o nome de Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira romancista negra do Brasil. Nascida em 1822, em São Luís, Maranhão, é autora de vários livros, entre eles o clássico “Úrsula”, que começou a ser reeditado recentemente”, pontua.

E acrescenta: “Queremos que a criança negra se sinta representada nas aulas e nos livros de história do Brasil, pois a representatividade legitima a nossa existência e é o caminho para a construção da igualdade”.

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