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Produtores rurais ajudam a reformar sede da Apae de Barreiras

Alunos e familiares de pessoas atendidas pela Apae de Barreiras vão contar com uma estrutura mais completa. A sede da entidade passou por ampla reforma e ganhou até uma ala de saúde, equipada com consultório e ambulatório médico, para prestar primeiros socorros a seu público. A construção do equipamento e outras intervenções em toda estrutura predial só foram possíveis com a ajuda de produtores rurais da região, que, por meio do Fundo para o Desenvolvimento Integrado e Sustentável da Bahia (Fundesis), destinaram mais de R$ 78 mil para as obras.

A verba foi destinada em parcelas, mediante fiscalização e comprovação do avanço das fases da reforma e construção, procedimento adotado pela coordenação do Fundo, para assegurar transparência e eficiência no uso do recurso doado. A obra total está orçada em R$ 98 mil e contou, ainda, com uma contrapartida de R$ 19,6 mil da própria Associação de Pais e Amigos dos Especiais.

Durante cerimônia de entrega da obra, Odacil Ranzi, presidente da Aiba, entidade gestora do Fundesis, se emocionou ao falar do seu carinho pela Apae, entidade criada pela Loja Maçônica Fraternidade Barreirense, irmandade da qual ele faz parte. “De alguma forma, eu também participei dessa criação e tenho muito carinho por esta instituição. Acompanho de perto o trabalho dela e sei da sua importância para a educação inclusiva na nossa sociedade. Me doo a essa causa há tempos, mas, agora, à frente da Aiba e automaticamente do Fundesis, quero reiterar aos gestores que eles podem contar conosco em seus projetos”, disse.

O também produtor e vice-presidente da Aiba, Moisés Schmidt, completou: “Me orgulho muito em dar continuidade a um projeto que começou lá atrás, com a geração de meu pai, e hoje poder doar para entidades sérias, com serviços relevantes prestados à sociedade, porque os resultados são múltiplos e visíveis. Para a Apae, eu doaria a minha vida, se possível”, salientou, ao enfatizar que fará ao que tiver ao seu alcance para torná-la referência na região.

Outro pilar do Fundesis, o Banco do Nordeste, entidade financeira responsável por captar o recurso, foi representado pelo seu gerente de negócios Luciano Miranda. O gestor ressaltou o sucesso da parceria entre o BNB e a Aiba, que resultou na criação de um ‘fundo social’. “Nosso papel é importante, mas reconhecemos que sem o produtor rural, que é o doador e mantenedor do Fundesis, nada disso existiria. Eu tiro o chapéu para cada um que doa tempo e dinheiro”, observou.

O presidente da Apae, Luiz de Araújo Filho, agradeceu a ajuda dos produtores, sem a qual, segundo ele, seria impossível transformar o sonho em realidade. “Graças ao Fundesis, hoje temos um espaço melhor e mais acolhedor, capaz de destinar um atendimento mais especializado e humanizado aos nossos alunos e seus familiares. A palavra de ordem é gratidão”, disse ao se referir à ala de Saúde batizada de Dr. José Davi Bessa Nogueira, em homenagem a um dos fundadores da entidade.

De acordo com ele, atualmente a entidade atende 67 pessoas com deficiência intelectual e múltipla, destinando educação complementar especializada e atendendo demandas específicas. A Apae conta com um quadro de profissionais capacitados, composto por 17 colaboradores, que, apesar das dificuldades enfrentadas pela Associação, se doam à causa.

A Apae de Barreiras foi uma das 46 entidades sociais do Oeste da Bahia contempladas no edital 01/2020 do Fundesis, cujo investimento total foi de R$ 2,5 milhões, distribuídos em projetos sociais de 13 municípios da região. Desta leva, a Apae foi a primeira entidade a entregar oficialmente as obras. As inaugurações sofreram atrasos em função da pandemia, mas muitas, inclusive, já foram finalizadas.

De acordo com a coordenadora do Fundo, Makena Thomé, que acompanha assiduamente a evolução das obras, um cronograma de inauguração está sendo montado, para finalizar o edital anterior.

Também participaram da cerimônia o segundo vice-presidente da Aiba, Seiji Mizote; o diretor financeiro, Hélio Hopp; o conselheiro, Valter Gatto; e o superintendente do Instituto Aiba, onde o Fundesis é alocado, Helmuth Kieckhöfer.

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